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DROGARIA SÃO PAULO VAI ABRIR QUASE 200 LOJAS NOS PRÓXIMOS DOIS ANOS

O grupo DPSP chegou a Mato Grosso, seu nono Estado de atuação – e vai desembolsar R$ 450 milhões em inaugurações no País só este ano.

Depois de um “boom” de ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) de redes de farmácias na Bolsa brasileira ao longo da pandemia, a DPSP, dona das marcas Drogarias São Paulo e Pacheco, manteve-se firme como uma empresa de capital fechado. Mas nem por isso deixou de crescer. Este ano a companhia vai investir R$ 450 milhões, cifra R$ 100 milhões maior do que a de 2021. Com isso, deve fechar 2022 com 77 novas lojas abertas e a estreia da rede em seu nono Estado de atuação, o Mato Grosso.

Segundo o presidente da DPSP, Jonas Laurindvicius, que acaba de completar um ano à frente da companhia, a chegada em Mato Grosso surpreendeu a rede. Os números provaram que a decisão foi certeira. O faturamento por loja no Estado supera, de longe, a média nacional, que é hoje de R$ 850 mil por mês.

E o plano é acelerar. Para 2023, está mapeada a abertura de 120 novas lojas – e mesmo assim não há um IPO ou a atração de um investidor estratégico no horizonte. “Nossa empresa é bem lucrativa e gera um bom caixa, suficiente para um crescimento forte”, afirma Laurindvicius. A projeção é que o faturamento alcance R$ 13 bilhões este ano, contra um faturamento de R$ 12 bilhões no ano passado.

No Brasil, a líder do setor é a RD, das redes Raia e Drogasil, conforme dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), com um faturamento de cerca de R$ 25 bilhões ano passado. Já a DPSP figura na segunda posição, mas já acompanhada mais de perto pela rede Pague Menos, que ganhou mais porte com a aquisição da Extrafarma. Segundo dados da consultoria Varese Retail, as cinco maiores redes têm uma participação de 35% no setor como um todo.

Com 1,4 mil lojas – sendo 900 delas da marca São Paulo e o restante Pacheco –, o presidente da DPSP diz que, depois da entrada no Mato Grosso, a estratégia será de crescer nos Estados onde a rede já se instalou. Mesmo com a aceleração do crescimento, a empresa ainda seguirá bem atrás da RD, uma vez que a primeira do ranking tem mais de 2,5 mil lojas e vem abrindo 250 unidades ao ano.

Segundo o presidente, em Mato Grosso a lógica da estreia foi diferente. Um estudo interno da empresa mostrou que ali havia uma oportunidade por conta da proximidade do centro de distribuição da empresa, em Goiás – o que garantiria fácil logística. Já foram inauguradas três lojas e outras cinco sairão do papel ainda neste ano.

 Ganho de mercado

Com um surto de gripe fora de época no Brasil, muitas farmácias ficaram desabastecidas este ano, com falta de diversos tipos de medicamentos, como antibióticos e antitérmicos. A DPSP, beneficiada por contratos com as indústrias farmacêuticas e com flexibilidade de logística para transferir medicamentos de uma unidade para outra, conseguiu driblar melhor o problema de fornecimento, o que se traduziu em ganho de mercado em São Paulo. Alberto Serrentino, especialista em varejo e sócio da consultoria Varese Retail, explica que as empresas que têm capital aberto têm mais oxigênio para expansão rápida, como a RD, hoje líder isolada no País. “O setor ainda tem espaço para expansão e consolidação e as grandes redes estão cada vez mais fortes no interior do País”, comenta ele.

 

Fonte: O Estado de S.Paulo

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