fbpx
Monkeypox: mais comum em homens na faixa dos 30 anos
26 ago, 2022
DROGARIA SÃO PAULO VAI ABRIR QUASE 200 LOJAS NOS PRÓXIMOS DOIS ANOS
30 ago, 2022

A importância da testagem contra o surto da doença Monkeypox

Testes específicos para a doença, ainda não disponíveis em mercado no Brasil, estão em análise técnica na Anvisa. Entre eles, um teste PCR-Monkeypox e um teste rápido de antígeno

A monkeypox tem avançado no Brasil, com mais de 3,8 mil casos já confirmados, segundo dados do Ministério da Saúde. Ainda sem medidas de imunização específicas no país, algumas recomendações para evitar a contaminação pelo vírus são conhecidas desde a pandemia de Covid-19, como a higiene das mãos. Mas sem um teste específico no mercado brasileiro para detectar a monkeypox até aqui, grandes laboratórios têm utilizado metodologia própria para chegar à conclusão do diagnóstico, levando a uma espera maior.

“Hoje, para testar no Brasil, precisamos fazer a coleta e o envio para laboratórios de referência, que realizam o exame e depois retornam com o resultado. Isso tudo aumenta a complexidade do processo e acaba sendo uma barreira de acesso, aumentando o tempo de espera pela resposta”, diz o médico infectologista Victor Bertollo, do Hospital Anchieta de Brasília. “Se conseguirmos exames na ponta da execução rápida, isso pode acelerar muito o diagnóstico.”

Visando esses resultados, a empresa brasiliense CPMH Produtos Hospitalares submeteu dois testes de monkeypox à aprovação da Anvisa recentemente. A agência tem seis pedidos de registros de teste em análise técnica. “Para evitar que o vírus circule, precisamos ter ferramentas de diagnóstico que auxiliem e tragam mais celeridade ao processo do diagnóstico, como os testes PCR ou os testes rápidos”, ressalta Rander Avelar, responsável técnico da CPMH.

Um dos testes protocolados pela empresa é do tipo PCR-Monkeypox, fabricado pela Biogerm e destinado para testagem em laboratório. Já o segundo, um teste de antígeno, fabricado pela Bioscience, oferece uma testagem rápida que deve ser conduzida por profissionais de saúde. Os dois produtos são de uso profissional, ou seja, não são destinados à autotestagem. Após aprovação, a previsão da CPMH para a importação inicial é de 2 milhões de unidades do teste PCR e 3 milhões de unidades do teste antígeno.

Coleta nas bolhas

Na avaliação do infectologista Victor Bertollo, os testes de antígeno são exemplos de ferramentas que podem facilitar o acesso ao diagnóstico, pois tendem a ser rápidos e podem ser feitos em postos de saúde e farmácias. Eles detectam a doença por meio de proteínas do vírus. No caso da monkeypox, a coleta é feita diretamente nas bolhas ou onde as feridas se abrem após o rompimento. Mas o médico ressalta que a avaliação médica é fundamental, já que existe a chance de “falso negativo”.

×