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Os cinco remédios mais caros do mundo

Seja por uma doença genética rara ou outra condição clínica excepcional, como determinados tipos de câncer, por exemplo, muitos pacientes precisam de medicamentos de custo proibitivo. Eles existem – e podem curar. Mas para poucos, muito poucos.

Os remédios mais caros do mundo chegam a custar milhões de reais. Isso porque quem precisa desses medicamentos é um grupo restrito de pessoas segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), doença rara é aquela que acomete até 65 pessoas a cada 100 mil.

Quanto menos pessoas dependerem de um remédio, maior será o valor cobrado pelas farmacêuticas, já que poucas unidades serão fabricadas e vendidas. A principal justificativa dos laboratórios que produzem os remédios mais caros do mundo é o alto investimento em pesquisas.

No Brasil, cerca de 13 milhões vivem com algum tipo de doença rara, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Comprar o medicamento e salvar a vida de alguém vai depender das condições de cada paciente: quem tem dinheiro não vai medir esforços para pagar; quem não tem, precisa entrar na Justiça ou mesmo fazer vaquinha nas redes sociais em busca do valor.

Por exemplo, pacientes com AME (Atrofia Muscular Espinhal), que é uma doença rara, degenerativa, genética e progressiva, fazem parte dos grupos que necessitam do medicamento zolgensma, produzido pela suíça Novartis.

Com registro na Anvisa, o que permite sua comercialização no Brasil, o remédio custa US$ 2,1 milhões (aproximadamente R$ 11 milhões) no mercado internacional.

Em fevereiro deste ano, o Conselho de Ministros da Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) acolheu recurso apresentado pela farmacêutica Novartis e reajustou o valor máximo do zolgensma de R$ 2,9 milhões para R$ 6,5 milhões.

 

Eis a lista dos remédios mais caros do mundo

  1. Zolgensma – US$ 2,1 milhões

Essa droga tem como propósito neutralizar os efeitos da atrofia muscular em crianças de até dois anos de idade. Das doenças raras, 75% acometem crianças, sendo a AME uma delas, segundo a OMS. A atrofia atrapalha praticamente todos os movimentos do corpo. A terapia feita com o zolgensma dura em média cinco anos e ele é aplicado em dose única (cada paciente recebe entre 40 ml a 80 ml do remédio, dependendo de tamanho e peso). Os estudos mostram que o remédio consegue dar sobrevida aos pacientes.

  1. Luxturna – US$ 850 mil

Outro medicamento na lista dos mais caros é o luxturna, que trata o problema da diminuição lenta e progressiva da visão, uma doença rara conhecida como distrofia hereditária da retina. Sua aplicação é feita em dose única e custa US$ 850 mil (cerca de R$ 4,2 milhões). Ao lado do zolgensma, o luxturna faz parte das primeiras terapias gênicas a serem comercializadas no Brasil. Como não é oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o paciente que tiver indicação dele, precisa recorrer à Justiça.

  1. Ravicti – US$ 793 mil

Também figura na lista dos remédios mais caros do mundo o ravicti, vendido ao preço de US$ 793 mil. O medicamento é utilizado para evitar o acúmulo de amônia no sangue em pacientes que sofrem com disfunções do ciclo da ureia. A regulação dos níveis de amônia é fundamental para a saúde do organismo. Uma vez desregulados, esses níveis são tóxicos para o cérebro do paciente e as manifestações clinicas são diversas, desde a incapacidade de ganhar peso até quadro de coma e morte.

  1. Carbaglu – US$ 419 mil a US$ 790 mil (depende do tempo de tratamento)

O carbaglu fica na quarta posição do ranking. Ele é usado para o tratamento da hiperamonemia, acumulação elevada de amoníaco no sangue, causada pela falta de uma enzima hepática. O tratamento pode durar até sete anos e o preço varia de US$ 419 mil a US$ 790 mil. Essa doença pode não só matar um bebê logo em seus primeiros dias de vida, como também deixar sequelas, caso o paciente sobreviva.

  1. Spinraza – US$ 61 mil

Completando a lista dos cinco remédios mais caros do mundo está o spinraza, também usado para o tratamento de AME (todos os tipos da doença), ao custo aproximado de US$ 61 mil. Com registro na Anvisa desde 2017, o spinraza foi incorporado ao SUS em 2021 também para pacientes com AME tipo II (antes já contemplava os do tipo I).

Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/07/05/remedios-de-milhoes-quais-sao-os-medicamentos-mais-caros-do-mundo.htm

 

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