A variedade de revestimentos e apresentações utilizadas em medicamentos pode ser confusa para alguns, mas essa diversidade é uma parte crucial para a formulação farmacêutica
Há uma infinidade de revestimentos, tecnologias de produção e apresentações de medicamentos, cada um planejado para adequar-se a tratamentos específicos. Esses medicamentos oferecem uma ampla gama de personalizações, incluindo ingredientes e revestimentos especiais, além de diferentes tipos de formatos e dosagens. Essa diversidade é o permite que muitos tratamentos sejam ajustados para atender às necessidades individuais de cada paciente.
Segundo Tiago de Moraes Vicente, presidente-executivo da PróGenéricos, existem cerca de 100 laboratórios no País que comercializam genéricos, oferecendo aproximadamente 4.576 apresentações desses medicamentos. “A apresentação de um medicamento refere-se à forma em que ele é oferecido para o uso. Isso inclui o tipo de embalagem, o formato, a dosagem e as características específicas do produto”, explica.
A apresentação pode variar bastante dependendo do medicamento, e algumas das formas comuns incluem:
Comprimidos ou cápsulas: formas sólidas de medicamentos, que são ingeridas pela boca.
Xaropes e soluções: formas líquidas de medicamentos, frequentemente usadas para facilitar a administração em crianças ou pessoas com dificuldades para engolir comprimidos.
Pomadas e cremes: formas tópicas de medicamentos, aplicadas diretamente na pele, agem de maneira local e não sistêmica.
Injeções: Formas líquidas que são administradas por via intravenosa, intramuscular ou subcutânea.
Vicente destaca que o setor tem categorizados 557 princípios ativos e associações, ou seja, uma série de medicamentos que possuem linhas de tratamento mescladas com atuação plural. “Cada apresentação é projetada para facilitar a administração, absorção e eficácia do medicamento, dependendo das necessidades do paciente e das características da substância ativa”, reitera.
Neste sentido, ainda temos como complemento uma diversidade de revestimentos de medicamentos para atender a diferentes requisitos terapêuticos e práticas de administração. Dessa forma, cada tipo de revestimento é desenvolvido com um propósito específico, seja para proteger o ingrediente ativo, controlar a liberação, reduzir efeitos colaterais ou melhorar a experiência do paciente.
Proteção do ingrediente ativo
Revestimentos especiais, como revestimentos entéricos, gastro-resistentes, entre outros, protegem esses ingredientes ao evitar que sejam liberados até que cheguem ao seu local de ação, como o intestino delgado. Isso garante que o medicamento seja absorvido de maneira eficaz e reduz a degradação do ingrediente ativo antes de chegar ao local desejado.
Controle da liberação do medicamento
Revestimentos podem ser projetados para controlar a taxa e o local da liberação do medicamento no corpo. Medicamentos de liberação prolongada ou controlada usam revestimentos especiais para liberar o princípio ativo de forma gradual ao longo do tempo, proporcionando efeitos terapêuticos mais duradouros e reduzindo a necessidade de doses frequentes.
Redução de efeitos colaterais
Alguns revestimentos são desenvolvidos para minimizar efeitos colaterais ao proteger o estômago e o trato gastrointestinal. Revestimentos entéricos, por exemplo, ajudam a evitar a irritação gástrica, que pode ocorrer com certos medicamentos se eles fossem liberados diretamente no estômago.
Facilidade de identificação e diferenciação
A cor e o tipo do revestimento também podem ajudar na identificação do medicamento, o que é particularmente útil para evitar erros de medicação. Diferentes formas e cores ajudam tanto profissionais de saúde quanto pacientes a identificar rapidamente o medicamento correto.
Para mais informações sobre como os revestimentos de medicamentos funcionam e seu impacto na eficácia do seu tratamento, consulte seu farmacêutico ou profissional de saúde.