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Asma: Como conviver com ela – sem chiadeira

Falta de ar, aperto no peito, despertar noturno, dificuldade para a realização de atividades rotineiras – e o inconfundível chiado. Essa é a asma – que atinge 20 milhões de brasileiros e mata cerca de seis pessoas por dia no país. Apesar de não ter cura, a asma tem tratamento que permite 100% do controle da doença – e a terapia está nas prateleiras da farmácia e num conjunto de dicas de cuidados preventivos.

Sim, pode ser grave. Crianças que sofrem de asma, se não submetidas ao tratamento adequado, podem passar por restrições importantes, justamente em uma fase de desenvolvimento. Falta de ar é um dos sintomas mais desagradáveis, e até angustiantes, que alguém pode sentir. Mas o que é a asma? Pode-se defini-la como o estreitamento dos bronquíolos, isto é, pequenos canais de ar dos pulmões, que dificulta a passagem do ar, provocando contrações ou broncoespasmos. As crises comprometem a respiração, tornando-a difícil. Quando os bronquíolos inflamam, segregam mais muco, o que aumenta o problema respiratório. Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar, uma vez que o ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de sufoco. No período de inverno, que só se encerra no dia 20 de setembro, é preciso ficar ainda mais alerta para evitar as crises que tanto prejudicam os pacientes. O alerta refere-se sobretudo às substâncias que causam alergias geradoras de inflamações nas vias respiratórias – como ácaros, mofo, pelos de animais, entre outros.

O Dr. Paulo Pitrez, Professor da Pós-Graduação em Pediatria da UFCSPA e pneumologista pediátrico da Santa Casa de Porto Alegre, tira aqui as principais dúvidas sobre a asma:

Qual a diferença entre asma e asma grave?
A asma grave é a doença na qual o paciente precisa de muita medicação preventiva, como corticoides inaláveis em doses mais altas, associados a outros medicamentos, como broncodilatadores ou até medicamentos de última geração, como os imunobiológicos, para o controle da doença. E mesmo assim não consegue controlar a doença.

Asma e bronquite são a mesma coisa?
A asma é uma forma de bronquite, mas bronquite costuma ser o termo usado para chamar a asma no Brasil. Asma, bronquite alérgica e bronquite asmática são a mesma coisa – mas asma é o termo médico correto de se usar.

Dá para controlar a asma?
A partir do tratamento hoje disponível, é possível manter o paciente saudável, levando uma vida normal. O objetivo do controle da asma é diminuir/acabar com o sofrimento do paciente, evitando os sintomas. Controlar a asma, de modo geral, significa, inclusive, evitar mortes desnecessárias (5-7 óbitos por dia no Brasil, segundo o DATASUS). É importante saber que a asma é uma doença crônica e sem cura, mas que pode ser controlada durante toda a vida.

Como saber se a asma está, de fato, controlada?
A partir das observações rotineiras do paciente. Tosse, falta de ar ou chiado no peito recorrente, despertar noturno por sintomas ou reações desagradáveis aos exercícios são indicativos de ausência de controle da doença. Outro sinal de alerta: crianças que não brincam tanto, que ficam mais cansadas. Uma crise de asma, com piora dos sintomas que duram vários dias, é um sinal de descontrole da doença.

É normal um asmático ter sintomas?
Não é normal ter sintomas. A asma tem uma particularidade: as pessoas se acostumam com ela e com as limitações decorrentes dela. E consideram essas limitações como algo normal – o que não é. O ideal para o paciente com asma é ter o controle completo da doença.

Farmácia contra a asma

Os broncodilatadores só funcionam na primeira fase. Durante a crise, o paciente vai ao pronto-socorro, faz inalação, melhora e volta para casa. Infelizmente, horas mais tarde retorna ao hospital com nova crise e não responde mais ao uso dos broncodilatadores. A essa altura, só fazem efeito os anti-inflamatórios à base de corticoides que, como qualquer outro remédio, têm efeitos colaterais. Entretanto, não há outra saída: são esses os medicamentos que devem ser ministrados. O médico, quando os prescreve, leva em conta os benefícios que pesam mais que os efeitos potencialmente adversos dessas drogas. Existe uma resistência muito grande por parte dos pacientes, especialmente das mães, em aceitar esse tipo de tratamento. Muitas vezes, porém, na crise de asma é fundamental introduzir medicamentos com corticoides e, se a crise for grave, será necessário mantê-los por um período mais prolongado. No entanto, a grande maioria dos asmáticos controla bem a doença apenas com medicação broncodilatadora – em geral, sob a forma de inalação ou spray, o que assegura aplicação direta nos brônquios e menos efeitos colaterais no resto do organismo.

10 dicas para prevenir a asma

O Dr. Daniel Gentil, médico especialista em gestão de saúde da plataforma AbVita, e o decálogo de medidas para evitar o desencadeamento de crises

  1. Hidrate-se: beba bastante água, mesmo sem sentir sede
  2. Muita atenção à higiene: cuide diariamente da higiene dos ambientes frequentados, principalmente o quarto.
  3. Elimine tudo que possa acumular pó: quem sofre de asma deve manter distância de tudo que possa acumular pó, como livros, tapetes, carpetes e cortinas.
  4. Cuidado com as roupas: acostume-se a guardar casacos e as roupas cujos tecidos acumulam ácaros em sacos plásticos e, se possível, devem ser secados ao sol.
  5. Prefira produtos antialérgicos: use cobertores, colchões e fronhas com materiais antialérgicos e, se possível, encape-os com plásticos.
  6. Não durma com o aquecedor ligado: esses aparelhos ressecam o ar. Se forem inevitáveis, uma boa forma de utilizá-los é sempre ter, no mesmo ambiente, uma bacia ou toalha molhada.
  7. Evite contato direto e permanente com animais: o pelo dos pets pode ser um fator desencadeador da asma.
  8. Atenção com a alimentação: evite alimentos com corantes e condimentos, como ketchup e refrigerantes. Também procure consumir em menor quantidade o leite e seus derivados – a lactose presente nesses alimentos pode causar refluxo e, consequentemente, irritar o sistema respiratório.
  9. Vacine-se contra a gripe: ela é uma grande aliada na redução da gravidade das doenças pulmonares.
  10. Tenha um médico de confiança: consulte-se regularmente com um profissional que tenha acesso ao seu histórico médico e características pessoais. Isso pode evitar as crises com mais segurança.

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