Por Celso Arnaldo Araujo

Os riscos e os impactos provocados pelo vírus influenza não podem ser ignorados, sobretudo nesta época do ano – temporada outonal cujo clima propicia o aumento de crises infecciosas que podem causar internações e mortes, particularmente em idosos. A vacina antigripe continua sendo indispensável – como destacaram especialistas e um paciente ilustre, o astro Ronnie Von, em evento promovido pela Sanofi, líder global na produção de vacinas, com a presença do setor de comunicação da Abcfarma.

O mês de março marca oficialmente o início da temporada de gripe, coincidindo com a campanha pública de vacinação. Ainda vista por muitos como um evento comum e habitual, a gripe pode gerar impacto relevante nas hospitalizações em virtude de complicações da doença – como pneumonia e insuficiência respiratória, especialmente no grupo de pessoas com mais de 60 anos. Já a partir de 40, como destacaram as especialistas presentes ao evento, o influenza aumenta o risco de ataque cardíaco em 10 vezes e o de AVC, oito.

Diz a Dra. Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emilio Ribas e chefe do Departamento de Infectologia do Grupo Santa Joana: “A gripe vai muito além de sintomas respiratórios e pode impactar o corpo todo, especialmente em pessoas com imunidade mais baixa, como idosos – além de facilitar a invasão de bactérias que podem causar complicações graves. E o vírus influenza sofre mutações constantes. Por isso, a cada ano a vacina é atualizada. A vacinação, aliás, não é apenas uma proteção individual, mas também coletiva, pois reduz a disseminação do vírus, protegendo os grupos mais vulneráveis”, completa a Dra. Rosana.

E por que os idosos são mais vulneráveis? Diz a Dra. Maisa Kairalla, geriatra e presidente da Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: “A imunossenescência – processo natural de envelhecimento do sistema imunológico – torna os idosos mais vulneráveis a infecções como a gripe. Conscientizar as pessoas sobre a necessidade de atualizar a carteira vacinal todos os anos é fundamental, reduzindo a gravidade da doença. Sem essa prevenção, as chances de uma gripe evoluir para um caso mais grave aumentam muito. Vamos todos envelhecer, se Deus quiser. Mas com saúde”.

Minha gripezinha

O cantor e apresentador Ronnie Von, um dos destaques do encontro promovido pela Sanofi, é um exemplo perfeito desse risco. Às vésperas de seus 81 anos, tem a saúde perfeita e uma aparência próxima dos 60. “E minha cabeça é de 25 anos…”. Mas no ano passado, ele ficou internado 10 dias na UTI de um hospital de São Paulo em virtude de uma…gripe. Com pneumonia viral e outras complicações. E admite que uma vacina, aplicável em 10 segundos, poderia ter evitado esse drama. Ronnie, muito cuidadoso com sua saúde, é freguês anual da imunização. Mas justo nesse ano, “esqueceu” de tomar. O resultado: além dos terríveis sintomas registrados na UTI – um “inferno”, resume ele – depois da alta tem apenas sequelas emocionais. Mas é claro que Ronnie voltou a ser um fã da vacina muito disciplinado, daqui pra frente.

Vacina: inevitável

Gripe e vacina são termos indissociáveis, que devem se repetir todos os anos. Cada pessoa tem, em tese, sua vacina ideal, em termos da melhor proteção. As chamadas vacinas tetravalentes, de alta dosagem, oferecidas pelo sistema privado de saúde, incluindo as farmácias, são as que protegem num nível de imunização mais potente. Mas mesmo a vacinação oferecida pela saúde pública, a chamada trivalente, é muito mais protetora do que não vacinar. E esse raciocínio dá margem a um dado preocupante. Comparado com 2023, 2024 teve 189% de aumento nas internações de idosos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo influenza. E 157% no número de mortes. Por isso, vale destacar a última palavra de Ronnie Von em sua participação no evento:

• Vacine-se!

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