Na visão das farmácias brasileiras, o cenário econômico representa o principal entrave para o crescimento dos negócios em 2023. Segundo a última enquete do Panorama Farmacêutico, 39% dos assinantes do portal enxergam esse fator como maior desafio do novo ano.
Outros 28% dos agentes do varejo consultados mencionam outro obstáculo diretamente relacionado à macroeconomia – a queda na renda e poder de compra do consumidor. Apenas 33% entendem que as maiores barreiras passam pela concorrência ou pela parceria e relação colaborativa com a indústria.
O ambiente de incertezas na economia, porém, pode ser encarado como uma oportunidade. Para especialistas, um dos caminhos obrigatórios para o varejo passa pela diversificação do mix e pelo cuidado redobrado com a gestão da cadeia de suprimentos.
“Apostar em categorias como a de bomboniere tende a estimular a adesão dos clientes, na medida em que podem contar com a atuação de mídia e promoção de forma irrestrita. Além disso, estão muito atreladas a compras por impulso na farmácia”, observa Paulo Paiva, vice-presidente Latam da Close-Up International.
Já Daniela Jakobovski, consultora da Kantar, acredita que as farmácias de bairro, cujo crescimento em penetração chegou a dois pontos percentuais durante a pandemia, têm um cenário convidativo. “Esses 2% correspondem a 1 milhão de shoppers que, em função do isolamento social, encontraram no pequeno e médio varejo um canal de compra prioritário. E pelo fato de esse setor ter como principal ativo a corrida por preços e promoções, a rota para fidelizar o cliente está traçada”, ressalta Daniela.
Com o cenário econômico instável, consultores reforçam a necessidade de o gestor lançar um novo olhar para o fluxo de caixa – critério menos observado em detrimento de outros dados, como número de clientes e tíquete médio.
“A farmácia pode vender R$ 100 mil ou R$ 1 milhão. Mas se não tiver lucro, de nada adiantará o esforço por uma receita elevada”, comenta Cadri Awad, diretor do Instituto Bulla.
Outro fator a ser bem analisado é que nem sempre o lucro reflete em dinheiro na conta e vice-versa. “Em muitas ocasiões, o fluxo de caixa positivo é proveniente de empréstimo captado de terceiros e não fruto da margem de lucro. Ou, pior, a farmácia pode estar degradando estoque para fabricar fluxo de caixa positivo. Isso ocorre quando o Custo da Mercadoria Vendida (CMV) está mandando comprar R$ 100 mil, mas o gestor acaba comprando R$ 80 mil, diminuindo o estoque da farmácia, o que leva a rupturas e falta de produtos nas gôndolas”, completa Cadri.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |