Por Celso Arnaldo Araujo
Apesar do ressurgimento da pandemia, ou justamente por causa do distanciamento social novamente imposto por ela, o verão 2022/2023, para “descontar”, promete lotar praias e piscinas – sob o império do Sol. É a temporada em que, todo ano, pandemia à parte, o astro-rei torna-se ao mesmo tempo herói e vilão da pele, do charmoso bronze à insuportável queimadura. Ele não perdoa os descuidados, os negligentes, os exagerados. E, como em todos os anos, não há segredo: o uso do filtro solar, responsável por proteger a pele da radiação solar mais nociva, é a maneira mais eficaz de desfrutar a estação mais quente do ano com mais prazer e sem sofrimento – além de proteger a pele do mais frequente dos tumores malignos, como destaca a campanha Dezembro Amarelo. Reforce a prateleira de protetores de sua farmácia – com FPS de 6 a 100. Mas, primeiro, tire todas as dúvidas sobre os fatores de proteção – para orientar melhor seu cliente. Num país tropical como o nosso, mesmo quando o astro-rei não dá as caras, os raios solares ocultos podem ser um fator de risco para a pele desprotegida. E o melhor modo de usar os protetores deve fazer parte, por que não, da assistência farmacêutica.
O famoso FPS, sigla que se destaca nas embalagens dos protetores, é anualmente, nesta época, o cosmético mais vendido nas farmácias brasileiras. Mas pode e deve fazer ainda mais sucesso depois de devidamente conhecido. O Fator de Proteção Solar nada mais é que a medida da proteção contra os raios solares ultravioleta B (UVB), principais responsáveis por deixar a pele vermelha quando ficamos ao sol. E o número do FPS que classifica o produto representa o tempo a mais que a pele fica protegida sob o sol. Ele deve variar de acordo com o fototipo da pessoa, ou seja, a sensibilidade ao sol de cada tipo de pele – e a grande maioria das pessoas conhece essa sensibilidade na prática, por desagradáveis experiências próprias no verão. Quanto menor o fototipo cutâneo, ou seja, menos melanina protegendo a pele, maiores devem ser os cuidados com o sol, e portanto maior o FPS indicado. De uma forma geral, o FPS do rosto deve ser a partir de FPS 30, por ser uma área mais foto-exposta e mais sensível. Mas claro que, quanto mais proteção, melhor.
O inimigo número 1 da pele
O uso correto do protetor solar evita a insolação, queimaduras e auxilia no combate ao envelhecimento precoce, ressecamento, oleosidade excessiva, manchas e na prevenção ao câncer de pele, que responde por 33% de todos os diagnósticos da doença no Brasil – o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 190 mil novos casos no país. Felizmente, a conscientização sobre a importância do uso do filtro solar tem avançado. A popularização da campanha Dezembro Laranja, liderada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, que já está em sua oitava edição, é mais uma amostra do aumento da preocupação com a importância do diagnóstico e com tratamento precoces, aumentando as chances de cura na grande maioria dos casos.
No entanto, apesar do aumento da disseminação do uso dos protetores solares, uma parte considerável de mulheres (43%) não usa ou só utiliza o produto de vez em quando, sobretudo por questões cosméticas. É o que indica pesquisa feita pela Ibope Inteligência, a partir de mil entrevistas com mulheres em todo o Brasil.
A médica dermatologista Maria Paula Del Nero, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, lembra que muita gente comete erros no uso do protetor solar por não saber como utilizá-lo corretamente no dia a dia. Ela relaciona os sete equívocos mais comuns – e como evitá-los, orientando os clientes da farmácia.
Os mitos solares
O protetor solar não vence
Protetor solar vencido deve ser jogado fora! Seus componentes perdem a eficácia depois de vencido e podem não proteger a pele como deveriam.
Raio-x do câncer de pele
Noventa e cinco por cento dos casos de tumores cutâneos identificados no Brasil são classificados como não-melanoma – um índice que está diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol. O sol, durante Outono e Inverno, apesar de parecer mais “fraco”, continua emitindo radiação, que causa um efeito cumulativo na pele. De acordo com o Dr. Bernardo Garicochea, oncologista e especialista em genética, é importante a avaliação frequente de um dermatologista para acompanhamento das lesões cutâneas. “As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como ‘ABCD’- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro. A análise da mudança nas características dessas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce”.
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