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Por que famosas e anônimas buscam, cada vez mais, por congelamento dos óvulos?

Foco em projetos pessoais e na carreira, falta de parceiro ideal e até mesmo a idade chegando. Estes são alguns dos motivos que levam muitas mulheres a procurarem pelo congelamento de óvulos.

Recentemente, a atriz Paolla Oliveira declarou que fez o procedimento para “não ficar à mercê do tempo”. Além dela, Claudia Raia, Camila Rodrigues, Monique Alfradique, Mariana Weickert, Ellen Roche, Renata Dominguez e Sabrina Parlatore e outras celebridades também optaram pelo método. O crescente número tem reflexo na popularização da técnica e adiamento da gravidez.

De acordo com um estudo publicado na revista acadêmica Human Fertility, a maioria das que têm óvulos congelados optam por ganhar tempo e aliviar a pressão da sociedade enquanto não encontram o parceiro ideal. Além disso, razões como a instabilidade financeira, agravante s à saúde reprodutiva (endometriose, por exemplo) ou tratamentos contra o câncer estão entre os motivos da escolha.

Com taxas de gravidez que chegam a 40%, parar o relógio biológico no tempo tornou-se uma opção.

– Existem casos de gestações originárias de óvulos congelados há mais de 15 anos -, afirma Georges Fassolas, médico especialista em reprodução humana assistida da clínica Vivitá.

Por lidar com uma célula complexa, a técnica de congelamento de óvulos exigiu mais tempo da ciência para obter maiores taxas de sucesso. No processo antigo, com o resfriamento mais lento (que levava três horas para se completar), havia um risco maior de formação de cristais de gelo (d’água) no interior da célula, comprometendo a sua viabilidade. Hoje, com a técnica de vitrificação, o óvulo leva apenas 15 minutos para ser totalmente congelado. A alta concentração de crioprotetores utilizada para a vitrificação im pede que esses cristais se formem e a rapidez do processo protege a célula dos efeitos tóxicos desses mesmos crioprotetores.

– Congelar óvulos é a maneira mais segura para aquelas que pensam em postergar a maternidade ou que terão de passar por tratamentos médicos que podem levar à infertilidade, como radioterapias, quimioterapias, ou cirurgias ovarianas – afirma Fassolas.

Mas, assim como em todo tratamento de reprodução assistida, o desgaste físico e o cansaço psicológico podem surgir. Lidar com essas adversidades requer força de vontade e determinação. Desconfortos como inchaços e alteração do humor também são normais.

– São efeitos colaterais que podem ser solucionados em casa e que incomodam algumas mulheres apenas durante o tratamento -, pondera o médico.

A técnica também não vai de encontro a questões éticas ou religiosas da mesma forma como a manipulação e o congelamento de embriões.

O óvulo não sofre as questões éticas pertinentes aos embriões, resultado da fecundação deste com o espermatozoide. Assim, a polêmica envolvendo o questionamento sobre quando se dá o início da vida humana não se aplica ao congelamento de óvulos, o que permite às clínicas o descarte do material, em caso de pedido da paciente – finaliza Georges.

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