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Farmácias de manipulação registram aumento na demanda de remédios básicos

O período de desabastecimento do varejo farma ainda não terminou. Segundo o Ministério da Saúde, a escassez de insumos ocorre de forma global, devido à interrupção nas cadeias de produção e distribuição causada pela pandemia de Covid-19. Antibióticos, antialérgicos, anti-inflamatórios e dipirona estão entre os principais fármacos ausentes das farmácias tradicionais.

Diante dessa situação, as farmácias de manipulação vêm registrando um aumento na demanda ao se mostrarem como a principal alternativa na falta de medicamentos nas drogarias. A Quality Farmácia de Manipulação, em Brasília, por exemplo, registrou um aumento de 18% no primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior, na procura desses remédios. “Os mais procurados são a dipirona como analgésico, além de outros paliativos de dores intensas, anti-histamínicos, como Loratadina, Desloratadina, Cetirizina, Hidroxizine, antibióticos como Ciprofloxacino, Tetraciclina, Nitrofurantoina, Eritromicina e antifúngicos, como a Griseofulvina”, informa Juliane Monteiro, gerente da Quality Farmácia de Manipulação.

A procura por ansiolíticos e antidepressivos também apresentou aumento significativo durante a pandemia. “Foram tempos difíceis para todos. E durante esse período as pessoas começaram a se preocupar ainda mais com a saúde mental e iniciaram tratamentos de insônia, ansiedade e depressão”, comenta Juliane.

 

Mercado em alta

Segundo o Panorama Setorial 2021 divulgado pela Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais), em 2020 o setor magistral faturou cerca de R$ 8,3 bilhões, registrando um crescimento de 14,1%, em comparação com o ano anterior. E no primeiro trimestre de 2021, o setor cresceu 8%. O documento da entidade contempla o primeiro ano de pandemia.

Flávia Ribeiro, farmacêutica e sócia-fundadora da Quality complementa: “Tem sido um período em que os consumidores estão tendo a oportunidade de conhecer ainda mais o trabalho que é realizado nas farmácias magistrais”.

Segundo ela, a alta na procura por tratamentos individualizados também gerou um crescimento na geração de empregos. “Só no último trimestre do ano, aumentamos o nosso quadro de funcionários em 10%”, afirma. “E mantemos sempre aberto um espaço para o cadastro de novos talentos”, finaliza.

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