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Carnaval chama atenção para prevenção do HIV em mulheres

young asian woman holding condom on white background

Mais de 93 mil casos de infecção por HIV em mulheres foram notificados no Sinan entre 2007 e junho de 2019, de acordo com o último Boletim Epidemiológico lançado em dezembro de 2019 pelo Ministério da Saúde. Esse número representa 31% do total de diagnósticos.

Nesse mesmo período, observou-se que a maioria dos casos de infecção encontra-se na faixa dos 20 aos 34 anos, com um percentual de 52,7%. Em mulheres com mais de 13 anos de idade, 86,5% se encontram na categoria de exposição heterossexual.

Comparando os dias de hoje com o início do surto da AIDS no Brasil, o cenário é promissor. Da década de 1980 até o início dos anos 90, a doença estava em seu pico de epidemia. Segundo o Ministério da Saúde, o perfil das pessoas vivendo com HIV/AIDS no Brasil nos anos 80 era composto majoritariamente por homens que faziam sexo com homens. As mulheres passaram a representar uma parcela relevante apenas no início dos anos 90.

Mas, principalmente nesta época de Carnaval, a consciência na hora de se prevenir em uma relação sexual muitas vezes é deixada de lado. Mesmo com a facilidade de acesso as alternativas de proteção, como apresentado pelo Sinan, nos últimos anos houve um aumento de casos de HIV em jovens.

As pessoas, especialmente as que não presenciaram o pico de mortes no auge da epidemia, passaram a se prevenir menos quando se trata de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Como atualmente estas possuem tratamento, as pessoas pensam que se contraírem a doença, basta se tratar, rejeitando, assim, o uso do preservativo.

Segundo a Dra. Rita Manzano, Infectologista e Diretora Médica da Gilead Sciences, o uso da camisinha, tanto feminina quanto masculina, é uma forma eficaz de prevenir a transmissão do HIV e de outras ISTs. Ainda assim, existem outras formas de prevenção, a exemplo da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Pós-Exposição (PEP): “A PrEP se baseia no uso de medicamento antirretroviral por pessoas que não estão infectadas pelo HIV, mas que se enquadram nas populações prioritárias. Já a PEP pode ser tomada, preferencialmente, nas primeiras duas horas após a exposição de risco ao vírus”.

A estratégia de combinar formas de prevenção é indicada para segmentos populacionais prioritários: homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, profissionais do sexo ou pessoas que eventualmente recebam dinheiro ou benefícios em troca de serviços sexuais e, por último, pessoas sem o vírus que estejam se relacionando com uma pessoa vivendo com HIV. A PrEP  e PEP estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, os postos de saúde e até alguns terminais urbanos de ônibus distribuem preservativos gratuitamente – o que favorece o incentivo à proteção.

Fonte: Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS 2019 do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br

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