fbpx
Uma nova idade para os dentes
21 jan, 2021
Micro e pequenas empresas têm até sexta-feira para aderir ao Simples
26 jan, 2021

O que devemos esperar do novo exercício nas farmácias

Por Juan Carlos Becerra Ligos

Mudanças no ambiente, na economia, no comportamento do consumidor, bem como eventos imprevisíveis, vêm demandando alterações drásticas no varejo farmacêutico. O uso intensivo de tecnologias como a internet são demandas para atender ao novo consumidor que valoriza a conveniência, o preço e o bom atendimento – sem que um exclua o outro. A internet é parte indispensável da vida das pessoas e alterou as relações de consumo dos consumidores com as farmácias. 

No atual cenário, a Portaria nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, declarou a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV). E, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a Doença pelo Coronavírus 2019 (COVID-19) uma pandemia, moléstia infecciosa de graves consequências, que limitou a circulação de pessoas e o funcionamento de empresas consideradas não essenciais.  Esse evento imprevisível e trágico acelerou o comércio e serviços por meio eletrônico e a regulamentação autorizando serviços que até então não eram permitidos nas farmácias, um dos raros setores da economia que não fechou suas portas.
O mercado farmacêutico continua crescendo, apesar de crises econômicas e sociais, e deve continuar a crescer nos próximos anos bem acima da inflação, como consequência do envelhecimento da população, aumento da expectativa de vida, aumento de doenças epidêmicas, pandemias, falta de infraestrutura na área da saúde, maior participação da mulher no mercado de trabalho e maior preocupação com a saúde e o corpo. Tudo isso faz com que essa área continue em franco crescimento.

O que vem por aí

Como vimos, a vida pode mudar num instante sem aviso prévio. As farmácias, pela sua capilaridade e distribuição geográfica, e o farmacêutico, pela sua competência e disponibilidade, representam frequentemente a primeira possibilidade de acesso aos cuidados em saúde. A ausência ou carência de assistência médica à população a leva a tomar decisões equivocadas, optando por tratamentos pouco seguros e eficientes. Considerando ainda que a dificuldade de acesso às consultas médicas explica, em parte, a existência de tantas farmácias no Brasil, a farmácia passa a ser o primeiro estabelecimento a ser procurado pela população quando apresentam algum problema de saúde – situação que não deve se alterar nos próximos anos.

As farmácias passam de comerciantes de medicamentos a cuidadores da saúde das pessoas. Verificamos, de forma inequívoca a forte expansão do consumo de medicamentos no país. Para os próximos cinco anos, a projeção é que esse setor passe por mudanças ainda maiores e continue se desenvolvendo. 

A concorrência pode vir de novas tecnologias, as farmácias passam a focar investimentos em automação e novos modelos de dispensação. Os “farmacêuticos virtuais”, softwares, os chatbots que trabalham e gerenciam as trocas de mensagens, simulando uma conversa humana, conversam com uma pessoa de maneira natural, atendendo às suas necessidades de forma rápida e assertiva. 

Tecnologias como os robôs inteligentes de dispensação de medicamentos estão proporcionando maior agilidade, precisão e segurança nesse processo em países como a China, entre outros.

A telemedicina é o atendimento online, por vídeo, entre profissionais da saúde e pacientes. A pandemia por COVID-19 agiu como um catalisador no uso de tecnologia e da internet para comprar e utilizar produtos e serviços –  e está mudando a maneira como as pessoas se relacionam com as empresas. Os consumidores estão cada vez mais conectados e instrumentalizados.

No Brasil existem cerca de 80 mil farmácias que contam com farmacêuticos durante todo o período de funcionamento, sete dias por semana, e estão sendo subaproveitados na atenção à saúde da população. Na outra ponta, há um serviço público e privado saturado que não tem estrutura para oferecer tratamentos de qualidade para a maior parte da população. E nem de acompanhar a saúde pós consumo da farmacoterapia. E há as 80 mil farmácias.

Possíveis impactos da COVID 19 a longo prazo:

  • Engajamento do setor saúde;
  • Evolução dos canais digitais na promoção da saúde;
  • Maior aderência de pacientes ao tratamento;
  • Flexibilização das regulamentações dos serviços prestados pelo varejo farmacêutico
×