Na série de fascículos para preparar tecnicamente os farmacêuticos no momento da dispensação/orientação sobre uso de medicamentos, os especialistas do Conselho Regional de Farmácia falam aqui sobre como evitar erros de medicação.
A possibilidade de prevenção é a principal diferença entre as reações adversas e os erros de medicação. A RAM (Reação Adversa a Medicamentos) é considerada um evento inevitável, ainda que se conheça a sua possibilidade de ocorrência. Por consequência, ações bem planejadas contribuem para a prevenção de erros, melhorando a qualidade de assistência farmacêutica prestada. Grande parte dos erros não chegam a causar efeitos nocivos ao paciente e, por isso, esses não são classificados como eventos adversos. Entretanto, todos os erros, mesmo que banais, devem ser investigados, pois, dependendo da conjunção de fatores, podem produzir agravos à saúde. Devido à importância do tema, a Anvisa incluiu os erros de medicação em seu programa de farmacovigilância, como área estratégica para a segurança dos pacientes no processo de utilização de medicamentos.
Em geral, o erro de medicação apresenta causas multifatoriais e envolve circunstâncias semelhantes. Entre as principais causas de erros de medicação destacam-se: falta de conhecimento sobre os medicamentos, falta de informação sobre os pacientes, violação de regras, deslizes e lapsos de memória, falhas na interação com outros profissionais, falhas na conferência do medicamento com a prescrição e problemas no armazenamento e dispensação.
Nesse contexto, é essencial que o farmacêutico conviva um ambiente de trabalho organizado, que propicie o desenvolvimento apropriado de suas atividades e facilite o acesso a informações atualizadas sobre medicamentos e obtenção de informações relevantes sobre o paciente.
A educação do paciente também é primordial na prevenção de erros de medicação, além de melhorar a qualidade dos serviços prestados
Tipos de Erros de Medicação
Os erros de medicação podem ser classificados em: erro de prescrição, erro de dispensação e erro de administração. Na tabela a seguir, são apresentados alguns exemplos de cada tipo e medidas para preveni-los.
O farmacêutico deve estar atento a todos os tipos de erros de medicação a fim de preveni-los e preservar o paciente de possíveis danos à saúde. Com relação aos erros de prescrição, é responsabilidade do farmacêutico avaliar a adequação da prescrição ao quadro clínico relatado pelo paciente, com base nas evidências científicas disponíveis na literatura. Caso surja alguma dúvida onde exista possibilidade de ocorrer dano ao paciente, o farmacêutico deve se recusar a aviar a prescrição sem antes confirmar as informações com o prescritor. Diante dessas situações, o farmacêutico deve contatar o prescritor e/ou encaminhá-lo um informe, conforme modelo disponível neste fascículo. É importante alertar que, se aviar uma prescrição contendo erro sem obter a confirmação com o prescritor, o farmacêutico se tornará corresponsável pelo erro cometido. No que se refere ao erro de dispensação, vale
ressaltar que o farmacêutico é o principal responsável, já que a dispensação é sua atribuição exclusiva.
Conforme apresentado no capítulo 3 deste fascículo, a responsabilidade do profissional se estende aos atos praticados pelos seus colaboradores (responsabilidade solidária), daí a importância de supervisionar todas as atividades realizadas no estabelecimento onde atua como responsável técnico, propiciando medidas de checagem e prevenção de erros. O erro de administração pode ocorrer na farmácia ou drogaria durante a aplicação de injeções ou realização de inalações, mas também pode ocorrer no ambiente doméstico, quando da autoadministração de medicamentos pelo paciente ou seu cuidador. No caso de erro de administração de medicamento aplicado no estabelecimento, da mesma forma que os erros de dispensação, o farmacêutico deverá arcar com a responsabilidade pelos atos praticados por ele ou seus colaboradores. Se a administração de medicamentos for realizada pelo paciente ou cuidador, o farmacêutico pode atuar com medidas de prevenção, exercendo um papel educativo. O paciente e/ou seu cuidador devem ser orientados para reconhecer os medicamentos e administrá-los corretamente. Quanto maior o número de medicamentos, maiores as chances de confundir ou trocá-los. Nesse sentido, o farmacêutico deve lançar mão de estratégias para melhorar a adesão ao tratamento (capitulo 11 do fascículo)
Acesse o fascículo completo do CRF-SP em http://www.crfsp.org.br/documentos/materiaistecnicos/fasciculo_8.pdf
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