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À saúde da Rainha

Queen Elizabeth II visits a new maternity ward at the Lister Hospital in Stevenage.

Há 70 anos no trono da Inglaterra, completados em 6 de fevereiro, a rainha Elizabeth II fez 96 anos dia 21 de abril – e ainda vendendo saúde. A disposição e a forma física da monarca impressionam cada vez mais à medida que o tempo passa. Quais seriam os segredos orgânicos da realeza? Bem, além da genética, nem todos sabem que a corte inglesa é adepta da Homeopatia há mais de um século – bem como muitos outros monarcas europeus E a Rainha Elizabeth, particularmente, raramente consulta médicos alopatas – embora tenha à sua disposição, 24 horas por dia, um comitê com 20 especialistas. A seguir, uma pequena poção da fórmula de saúde da rainha – em doses mínimas e máximas.

A família real inglesa está ligada à Homeopatia desde a Rainha Vitória, que foi tratada pelo Dr. Frederic Quin, um dos fundadores do London Homoeopathic Hospital, em 1849, e pupilo pessoal do Dr. Samuel Hahnemann, criador da Homeopatia. Em 1948, o Rei George VI, pai de Elizabeth, interpretado por Colin Firth no filme “O Discurso do Rei”, permitiu o acréscimo da palavra “Royal” ao nome do Hospital, hoje chamado Hospital Real de Londres para Medicina Integrada. Quando Elizabeth II assumiu o trono britânico, em 1952, a Homeopatia se fez presente ainda com mais força – aparentemente, Elizabeth sempre confiou muito na especialidade, assim como o ex-presidente americano Bill Clinton, o ex-craque David Beckham e o gênio Paul McCartney. Sim, a Homeopatia é uma questão de confiança. Tanto a rainha como seu primogênito, o Príncipe Charles, se trataram com glóbulos homeopáticos ao serem diagnosticados com Covid-19. Nenhum sintoma grave.

Poucos detalhes
Uma questão de confiança e, no caso da Corte inglesa, confidencialidade. O que se sabe sobre a agenda médica da Rainha Elizabeth II é o pouco que vem à tona – além da aparência extraordinariamente saudável da quase centenária monarca. Quando perguntado sobre minúcias patológicas da soberana, o Dr. Peter Fisher, o mais conceituado médico homeopata britânico, coordenador do grupo de trabalho sobre Homeopatia da Organização Mundial de Saúde, que começou a cuidar pessoalmente da rainha em 2001, costumava dizer: “Compreensivelmente, é confidencial. Um assunto de estado”. De Estado e de Corte. Ele se negava a informar até se costumava atendê-la em palácio ou em consultório. Mas, ao ser indagado sobre a saúde de ferro de sua paciente mais famosa, ele arriscava: “Ela é uma senhora adorável, que continua trabalhando num ritmo que deixaria exaustas pessoas com metade de sua idade. Estou convencido de que isso é fruto da Homeopatia e de mil anos de bons genes”.

Sem efeito?
Apesar dessa paciente célebre, a Homeopatia foi colocada na berlinda na Inglaterra em 2010 – quando o Comitê de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Comuns publicou relatório recomendando o banimento da Homeopatia do Serviço Nacional de Saúde, o SUS britânico. O Dr. Fisher se queixou na época de que o Comitê não consultou nenhum paciente com resultados terapêuticos favoráveis e nenhum médico adepto da especialidade, para produzir o relatório. “Nem eu”, ele ironizava. Uma moção crítica a esse movimento anti-homeopático foi assinada por 70 membros do Parlamento. E o governo rejeitou o relatório. A Homeopatia seguiu em frente, nos palácios e nas farmácias – apesar das dúvidas persistentes e ainda reais sobre seu mecanismo de ação. Os ataques à Homeopatia por uma pequena parte do Parlamento britânico não foram os primeiros, ao longo de sua história de mais de 200 anos. Mas as vendas de medicamentos homeopáticos sobem em todo o mundo. O Hospital Real de Londres, no qual 60% da atividade terapêutica tem a Homeopatia como especialidade fundamental, é hoje o mais recomendado centro médico do SNS inglês. Afinal, qual seria a principal vantagem da Homeopatia sobre a alopatia, na visão de seus defensores, como o Dr. Fisher? “Ela estimula a autocura e é segura”, disse o clínico da rainha.

Dr. Peter Fisher: drama em dose máxima
Se sua paciente mais famosa ainda vende saúde, um golpe do destino atingiu o mais famoso homeopata da Grã-Bretanha. No dia 15 de agosto de 2018, os londrinos celebravam mais uma edição do “Cycle to Work Day”, ou “Dia de Pedalar para o Trabalho” – evento criado em 2011, que movimenta, literalmente, milhares de entusiastas das duas rodas nas grandes metrópoles. Afinal a atividade física está alinhada com saúde e preservação do meio ambiente. Andar de bicicleta com segurança em grandes cidades é um desafio – o número de acidentes ainda não foi reduzido pela educação. Na manhã do evento daquele ano, Peter Fisher pedalava para ir ao trabalho quando, nas cercanias do Hospital Royal, foi atropelado por um caminhão em Holborn, região central de Londres. A Homeopatia perdia um de seus maiores líderes, aos 67 anos. A Rainha Elizabeth II, aos 96 anos, seu médico mais particular.

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