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Varejo farma: com crescimento de dois dígitos em 2022, deve repetir desempenho em 2023

Por Paulo Ucelli

O varejo farmacêutico continua sendo um grande destaque da economia brasileira, com um crescimento muito superior à maioria dos demais setores. Dados mais recentes sobre os últimos 12 meses apontam para um crescimento de 16,43% em relação a 2021. Contudo, para Edison Tamascia, presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) e da administradora de redes associativistas de farmácias Farmarcas, a tendência de crescimento de dois dígitos deve permanecer em 2023.

“Não vejo no mercado um cenário de grande mudança para 2023 – tudo leva a avaliar que teremos outro bom ano. Viemos em um crescimento muito robusto de dois dígitos, nos últimos 20 anos, sem interrupção, independentemente dos governos”, resume o presidente. Segundo ele, não há nada muito impactante no cenário do novo ano, exceto a verba do Programa Farmácia Popular. “No orçamento aprovado pelo governo que acaba de finalizar sua gestão, o valor para esse programa foi muito inferior àquilo do que se gasta, o que o tornaria insustentável. Mas acredito que já venha ocorrendo uma reorganização do planejamento para 2023 pelo futuro governo – e muita coisa vai mudar. Ou seja, acredito que o próximo ano também será muito bom”. Para o modelo associativista, segundo Tamascia, será ainda melhor. “Acreditamos que em 2023 cresceremos acima de 50% do mercado”.

Impacto da Covid para o setor

Mesmo com o aumento dos casos de Covid no setor nesta segunda onda da pandemia, o presidente da Febrafar não acredita que esse fator terá grande impacto no setor. “As farmácias, em sua maioria, estão preparadas para as variações relacionadas à Covid. Ainda estamos em uma pandemia, nunca deixamos de estar, com picos de variantes”. Segundo ele, o setor continuará a comprar medicamentos de acordo com a demanda.

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