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Trabalhar a autoliderança dos gestores pode reduzir a Síndrome de Burnout nas equipes

Pesquisas apontam que 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome, resultado de uma liderança insegura e desequilibrada emocionalmente

A Síndrome de Burnout acaba de ser reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença relacionada ao trabalho. Segundo pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR), 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem com o mal, ou seja, mais de 33 milhões de pessoas. Apesar de ser comumente relacionada ao excesso de trabalho, a doença, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, pode ser gerada por outros fatores, como falta de autonomia no trabalho, pouco ou nenhum reconhecimento por parte do gestor direto, ausência de perspectivas de crescimento profissional dentro da empresa e conflitos com o líder. Entre os sintomas estão dor de cabeça, insônia, falta de concentração, pressão alta, dores musculares e depressão.

Como identificar um colaborador com síndrome de Burnout
O líder precisa ficar atento aos sinais de que sua equipe possa estar sofrendo com a doença. Entre os comportamentos típicos de quem tem Burnout está baixa produtividade, falta de concentração, irritabilidade extrema, mudanças bruscas de humor (sem razão aparente), lapsos de memória, faltas recorrentes, sem explicação, entre outras. “Normalmente são os colaboradores mais aplicados que desenvolvem o Burnout, então, ao sentir a mudança de comportamento, como o desinteresse, é hora de conversar com o profissional e apoiá-lo na busca por um tratamento psicológico”, diz o especialista em Recursos Humanos (RH) e CEO da Passadori Educação e Comunicação Reinaldo Passadori

Para Passadori, quando um colaborador é acometido por Burnout, toda a equipe sofre, afinal, um dos primeiros sintomas é o desinteresse pelo trabalho e, consequentemente, a queda na produção e nos resultados. Além, claro, da saúde psicológica do colaborador. O especialista adverte para a necessidade de os líderes exercitarem a empatia e a comunicação positiva e não violenta, para, assim, reduzir os casos de Burnout na equipe. “Autoconfiança, estabilidade emocional, excelente comunicação, objetivos claros, boa negociação, resiliência e, um dos pontos principais, a empatia, são fundamentais para a liderança”, diz Passadori.

Liderança insegura e falta de reconhecimento estão entre principais causas
O expert em comunicação corporativa, lembra que confiar nos profissionais que compõe a equipe é necessário. “Em um time, dependemos um do outro. Quando o líder é inseguro e não confia em ninguém, além de si mesmo, gera insegurança daqueles que trabalham com ele. Os profissionais da equipe passam a se sentir incapazes de realizar a tarefa, mesmo que saibam que são completamente capazes”. Para ele, líderes inseguros, em geral, são controladores e acabam tornando o ambiente tóxico. “Não é possível dominar tudo que acontece. As pessoas precisam ter poder de decisão dentro daquilo que estão aptas a fazer, caso contrário, a autoestima do trabalhador ficará abalada e o ambiente de trabalho comprometido”.

Outro aspecto levantado por Passadori é a falta de reconhecimento. “As pessoas esperam ser valorizadas pelo seu trabalho, isso é natural. No entanto, alguns gestores optam por ficarem sempre em posição crítica, para se autoafirmarem como líderes, apontando erros ou, ainda, levando o mérito pelo trabalho da equipe. Os colaboradores, nesses casos, obviamente ficarão desestimulados. Por que fazer algo pelo qual nunca serei valorizado?”, avisa. O mesmo acontece naquelas empresas em que não há mobilidade de cargos ou plano de carreira. “Quando começamos numa empresa, estamos animados, queremos mostrar nosso potencial. Quando não vemos perspectivas futuras, perdemos esse ‘gás'”, comenta.

Todos esses aspectos são extremamente danosos para o autodesenvolvimento de qualquer um. Passadori lembra que somos seres holísticos, ou seja, somos os mesmos em casa, no trabalho, na igreja ou em qualquer ambiente que frequentemos. Assim, quando estamos em um ambiente profissional tóxico, ficamos cansados, o que interfere nos nossos momentos de lazer, na nossa relação com familiares e amigos e a bola de neve vai se formando. “Um ambiente de trabalho tóxico prejudica nossa vida como um todo”. Por isso, trabalhar a autoliderança é tão importante, até mesmo no exercício de prestar atenção no outro.

Sobre a Passadori Educação e Comunicação
Há 34 anos, a Passadori Educação e Comunicação prepara profissionais para se destacarem no mercado de trabalho por meio de treinamentos de alta performance, ministrados nas áreas da comunicação, liderança, desenvolvimento organizacional e relacionamento com o cliente.

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