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Suplementos alimentares: O papel do farmacêutico

Com a área em plena ascensão, os suplementos podem ser um novo campo a exigir apoio farmacêutico dentro das farmácias

Suplementos são, sem dúvida, um campo aberto para a atuação do farmacêutico. Por isso, o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo dedicou uma programação especial a esse tema, com palestrantes especialistas, durante o XX Congresso Farmacêutico de São Paulo, que aconteceu de 10 a 12 de outubro – com 180 atividades em 14 diferentes áreas da Farmácia. Em 2018, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), o setor de Sport Nutrition faturou cerca de R$ 2,24 bilhões, crescendo 12% em relação ao ano anterior. No primeiro dia de Congresso, 10 de outubro, os participantes inscritos acompanharam o painel “Produtos de importância na suplementação alimentar”, as palestras “Cafeína, Creatina e Whey Protein”, com o Dr. Luiz Fernando Moreira, e “Glutamina, Ômega 3 e BCAA”, com o Dr. Henry Okigami.

Farmacêutico e consultor em pesquisa e desenvolvimento na indústria alimentícia, cosmética e farmacêutica, o Dr. Okigami ei abordou, de forma prática, as indicações para prescrição e uso de glutamina, omega-3 e BCAA. Um exemplo: o BCAA é muito utilizado por fisiculturistas, mas, segundo estudos recentes, pode beneficiar portadores de doenças hepáticas. Já o omega-3 é geralmente indicado para prevenção primária e secundaria de doenças cardiovasculares, mas há espaço e comprovação para uso em psoríase, doenças inflamatórias, depressão, esquizofrenia e várias outras patologias, na maioria das vezes, segundo o Dr. Okigami, aumentando o efeito do tratamento tradicional”.

Papel do farmacêutico

Com o mercado em expansão, sobretudo no campo da assistência farmacêutica, o Dr. Henry enfatiza que, para atuar nessa área, o farmacêutico precisa ser um estudioso do segmento e estar efetivamente preocupado com a saúde do paciente, além de entender de Bioquímica e Farmacologia, uso prático dos produtos e interações sinérgicas – isso pode fazer a diferença entre sucesso ou fracasso no tratamento do paciente. “O farmacêutico pode orientar o paciente caso ele chegue com uma indicação, ou mesmo indicar o produto, lembrando que a legislação permite ao farmacêutico indicar suplementos alimentares – mas a grande maioria não o faz, por desconhecimento do mercado, tanto por parte dos proprietários de farmácias como do próprio farmacêutico”.

Mercado aberto

O Dr. Henry chama a atenção para o potencial desse segmento no mercado “Está 100% aberto. É um nicho novo: um bom farmacêutico mais um bom estoque de suplementos podem valorizar o atendimento ao paciente, melhorando a eficácia dos tratamentos convencionais – e, como consequência, aumentando o faturamento da farmácia. É um mercado que só tende a crescer – tanto médicos como nutricionistas têm cada vez mais indicado suplementos alimentares, cabe ao farmacêutico a orientação ao paciente. E, sobretudo em localidades onde não há médicos ou nutricionistas, o farmacêutico pode exercer esse papel. Onde houver farmacêuticos competentes, sempre haverá espaço para o profissional indicar suplementos alimentares com racionalidade. O resultado final alcançado pelo paciente será a principal recompensa do farmacêutico – o retorno financeiro para a farmácia será uma consequência”.

Revista ABCFARMA/ Novembro – Edição N°339

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