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Novo tratamento para câncer de mama triplo negativo possibilita maior chance de cura

Estudo Keynote-522 traz esperança para mulheres acometidas por subtipo agressivo da doença que atinge cerca de 15% das brasileiras
O Keynote-522, estudo de fase 3, apresentado hoje no Congresso da Sociedade Europeia de Medicina Oncológica (ESMO), em Barcelona, pode mudar a realidade de mulheres com com estágio inicial de câncer de mama triplo negativo, tipo de tumor que não apresenta nenhum dos três biomarcadores mais empregados na classificação da doença: receptor de estrógeno, de progesterona e da proteína HER-2. Esse subtipo agressivo do câncer de mama atinge cerca de 15% das pacientes brasileiras diagnosticadas com câncer de mama.
O estudo comparou o uso combinado de quimioterapia e Keytruda (pembrolizumabe) – a imunoterapia da MSD – em comparação com a quimioterapia, terapia padrão, para o tratamento de mulheres acometidas por esse tipo de câncer, operáveis e com indicação de tratamento pré-cirúrgico (neoadjuvante), independente de expressão do biomarcador PDL-1 nas células tumorais ou nas células do infiltrado inflamatório.
“Estamos muito felizes com este resultado de pembrolizumabe em combinação com quimioterapia. É a oportunidade de mudarmos a vida de muitas mulheres acometidas por um tipo de câncer de mama tão agressivo e que não tinham outra opção além da quimioterapia até agora. Com os resultados apresentados no ESMO em câncer de mama do tipo triplo negativo em neoadjuvância, sabemos que as nossas pacientes terão a chance de serem tratadas com uma terapia que aumenta as chances de forma significativa do câncer não voltar. Este é mais um marco na nossa história no combate ao câncer”, afirma a Dra. Marcia Datz Abadi, Diretora médica de Oncologia da MSD Brasil.
Melhor resposta de tratamento
Um total de 602 mulheres participaram do estudo clínico Keynote-522. O tratamento pré-cirúrgico (neoadjuvante) com a combinação de pembrolizumabe e quimioterapia, revelou ser uma opção de terapia mais eficiente na redução completa das células tumorais viáveis (taxa de resposta patológica completa) quando comparado com a quimioterapia sozinha. A combinação de pembrolizumabe e quimioterapia teve uma taxa de resposta patológica completa de  64,8% comparado a 51,2% da quimioterapia sozinha, uma diferença estatisticamente significante na ordem de 13,6%.
O estudo clinico também teve como objetivo principal acompanhar a taxa do tempo de sobrevida livre de eventos relacionados ao câncer de mama, ou seja, o tempo para um possível retorno da doença. Com 18 meses de observação, após a cirurgia ser considerada como tratamento definitivo, a combinação de pembrolizumabe e quimioterapia revelou uma taxa de sobrevida livre de eventos relacionados ao câncer de 91,3% comparada a 85,3% do tratamento com quimioterapia sozinha. No entanto, ainda é cedo para afirmar se a diferença entre os tratamentos vai continuar, e se essa diferença seguirá com a mesma importância estatística. O protocolo de tratamento adotado no estudo foi: infusão de pembrolizumabe e quimioterapia na etapa pré-operatória, realização da cirurgia e retomada da infusão de pembrolizumabe, até completar um total de tempo de uso do pembrolizumabe de um ano.
Sobre o câncer de mama
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Existem vários tipos de câncer de mama e a doença pode evoluir de diferentes formas como, por exemplo, o subtipo triplo negativo, o qual tem um comportamento mais agressivo. No Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, a doença corresponde a cerca de 25% de novos casos de cancer na mulher brasileira todos os anos. Em 2018, foram registrados 59.700 novos casos, sendo, aproximadamente, 15% do subtipo triplo negativo (8.955 casos).
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