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A importância da mulher na farmácia

Por Regina Blessa

Não sei a idade de todas as colegas que estão escrevendo nesta edição, mas sei que algumas já passaram dos 60. Quando alguém, de qualquer gênero, passa décadas a trabalhar e a observar o mercado já consegue ver no retrovisor da vida profissional toda a evolução feminina que aconteceu nos últimos 50 anos, nos diversos setores do varejo. No setor farmacêutico não foi diferente.

As mulheres, que antigamente eram “escolhidas” pelos homens por sua beleza ou dotes domésticos, decidiram enfim que não iriam acabar seus dias na cozinha ou no tanque. Cansaram de ser tratadas como “úteis” ou frágeis só pela falta de músculos – e foram à luta por motivos especiais, pelo menos aqui no Brasil. Digo especiais porque em muitos países elas tiveram que ir à luta, devido à perda de seus maridos após guerras e outros conflitos. No caso das brasileiras, além da luta pela sobrevivência e melhoria de vida, as mulheres foram galgando postos em empresas, no varejo, na educação e em qualquer outro tipo de serviço antes tido como “masculino”. Assumiram postos de trabalho tipicamente masculinos, inicialmente por terem salários mais baixos, mas não se conformaram com isso. Estudaram, batalharam e muitas hoje são as provedoras de seus lares. Isso, em muitas famílias, teve um custo emocional, sobretudo para os filhos pequenos – mas que foi superado aos poucos, com a ajuda da nova geração de homens, companheiros e colaboradores que já foram criados para entender e cooperar com as mulheres nessa luta pelo desenvolvimento familiar.

Hoje, elas são a maioria nas universidades – e se preparam para a segunda onda feminina, que será intelectual e gerencial e fará com que os salários se equiparem e que os cargos de diretoria sejam disponibilizados para aquelas que, por mérito, estejam aptas a assumi-los.

Nas farmácias

Esse sexo forte carrega também em seu trabalho um coração enorme, parecido com aquele que as enfermeiras têm no peito. As farmacêuticas, as atendentes e as balconistas de farmácia são o que há de mais sensível no atendimento no varejo, pois tratam de pessoas que sofrem e precisam de alívio. Não somos feministas, nem desqualificamos os homens da farmácia. Sabemos que, em todos os gêneros, temos pessoas de grande generosidade, habilidade no trato dos clientes e grande coração. Nós mulheres não queremos estar à frente de ninguém. Queremos estar juntas, em igualdade de condições e usando o que temos de melhor, que é o nosso feeling feminino, nosso carinho e nossa atenção quase maternal.  A farmácia perde muito quando não tem uma equipe feminina dentro da loja – aliás, é bom ter um pouco de todos os gêneros no atendimento, para criar empatia com os clientes.

Esse feminismo jovem e ativista, que não teve retrovisor nem estudou História, não sabe o que nossas avós, nossas mães e nós profissionais com mais de 60 anos já passamos para abrir caminho para as próximas mulheres – que vêm aí com tudo para enriquecer o mercado de trabalho.

Força, meninas! O mundo é de vocês!

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