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Intoxicação medicamentosa: a importância da orientação do farmacêutico

Uma série de manifestações clínicas produzidas quando um medicamento é administrado em doses acima das recomendadas: assim é a intoxicação medicamentosa, efeito colateral potencialmente grave à saúde do paciente de farmácia. Pesquisa descritiva e quantitativa, de base populacional, conduzida por farmacêuticos, dá conta de que pelo menos 1.255.435 casos de intoxicação foram registrados no Brasil, entre 2012 e 2021. Destes, 596.086 casos de intoxicações foram provocados por medicamentos. O principal motivo relatado foi tentativa de suicídio – presente em 391.635 notificações. Em relação às circunstâncias, 10.927 notificações se deram devido a erros de administração. Desse total de casos notificados, 81,11% evoluíram para a cura – mas foram registrados 1.233 óbitos.

A maior parte das notificações foram definidas a partir de critérios clínicos (68,24%), enquanto apenas 3,35% foram confirmadas por critérios clínico-laboratoriais. Isso evidencia a baixa estrutura fornecida aos profissionais de saúde, que não podem lançar mão de exames e equipamentos para o manejo clínico adequado dos pacientes.

De acordo com o artigo publicado, em dezembro, no International Journal of Advanced Engineering Research and Sciencea, a causa mais prevalente de intoxicação medicamentosa que pode ser prevenida é de ordem acidental, o que reforça a necessidade de políticas públicas de educação em saúde e a importância da presença e da orientação farmacêutica.

Segundo a farmacêutica Sâmia Andrade, esses dados reforçam a necessidade de educação em saúde voltada para o uso racional de medicamentos e ressalta a importância da atuação dos farmacêuticos nesse processo. “Isso nos dá uma dimensão da enorme necessidade de os profissionais farmacêuticos atuarem na interface entre o paciente e o medicamento”.

A problemática da automedicação ainda está na raiz do problema – e pode ser reduzida.

Fonte: Conselho Federal de Farmácia (CFF)

 

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