Neste Setembro Vermelho, conheça mais sobre a IC, doença que atinge mais de quase três milhões de brasileiros.
Em condições normais, o coração – a máquina muscular que se contrai e relaxa mais de 50 vezes por minuto para levar sangue ao corpo 24 horas por dia ao longo da vida – pode passar despercebido. Porém, quando é acometido por deficiências ou fragilidades anatômicas e fisiológicas, há uma maior atenção sobre a saúde desse órgão vital.
Tais mudanças no funcionamento normal do coração podem alterar sua capacidade de se contrair e relaxar adequadamente. Nesse sentido, líquidos podem se acumular no pulmão e o fluxo de sangue enviado ao organismo passa a ser insuficiente – gerando fraqueza, intolerância ao exercício, falta de ar,tosse seca, inchaço nas pernas e outros sintomas característicos.
Este é o desenho da insuficiência cardíaca (IC), que, segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo1, afeta quase três milhões de brasileiros, em diferentes graus. A doença crônica é a terceira causa de internação em pessoas com mais de 60 anos e pode reduzir a expectativa de vida.
Em 2017, a IC ocasionou 208.311 internações no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, deste total, 50% dos pacientes voltaram a ser hospitalizados em até seis meses após receberem alta.
A boa notícia é que quando se institui o tratamento adequado, é possível reverter este quadro. Cabe mencionar a importância da prevenção da insuficiência cardíaca, que pode ser conduzida por meio do controle da hipertensão, assim como do diabetes, níveis de colesterol, evitando assim o infarto e a obstrução das coronárias – que representam a principal causa da insuficiência cardíaca.
Como doença crônica, não há cura para a IC, porém, diversos tratamentos estão disponíveis atualmente e conseguem minimizar a progressão da doença, oferecendo uma melhora significativa na qualidade de vida do paciente.
Para que isso seja possível, é necessário garantir o monitoramento constante. Esta realidade, infelizmente, não ocorre na maioria dos casos registrados no país. Devido à falta de informações e devido controle, o número de óbitos de pacientes que chegam a um hospital, já com danos cardíacos graves, é duas vezes maior que nos Estados Unidos. Portanto, Setembro Vermelho – o mês de conscientização das doenças cardiovasculares – corrobora com a importância da prevenção e tratamento, assim como também dos hábitos saudáveis para garantir a saúde do coração.
Diversos fatores podem levar a uma insuficiência cardíaca: hipertensão arterial, doença arterial coronariana, dislipidemias e diabetes. Existem outros fatores que também compõem o quadro de riscos para os pacientes, como idade, sexo e composição genética. Fatores comportamentais também podem ser listados: como tabagismo, alimentação inadequada e ausência de atividades físicas.
“A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração, pelos motivos citados acima, se torna incapaz de bombear o sangue de maneira adequada para o corpo. A IC pode ser confirmada e monitorada por um exame relativamente simples, o ecocardiograma. O teste avalia a fração de ejeção – que é a porcentagem de sangue que o ventrículo esquerdo ejeta a cada batimento cardíaco. Quando há, de fato, uma redução dessa fração de ejeção, o coração provavelmente tem suas câmaras mais finas e esticadas que o normal – perdendo força para o bombeamento. Se a ejeção for normal, essas cavidades, ao contrário, estão espessas e rígidas e o coração perde grande parte de sua capacidade de relaxar, reduzindo o “abastecimento” cardíaco de sangue e a posterior ejeção para o resto do corpo”, explica o médico especialista em insuficiência cardíaca e professor de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dr. Dirceu Rodrigues Almeida.
Referências
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1Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo: https://socesp.org.br/a-socesp/09-de-julho-dia-nacional-de-alerta-contra-a-insuficiencia-cardiaca/
2Sociedade Brasileira de Cardiologia: https://sbc-portal.s3.sa-east-1.amazonaws.com/diretrizes/Pocket%20Books/2019/Diretriz%20Brasileira%20de%20Insufici%C3%AAncia%20Card%C3%ADaca%20Cr%C3%B4nica%20e%20Aguda.pdf
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