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Gravidez e diabetes: mitos e verdades

Por Celso Arnaldo Araujo

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 25% das mulheres grávidas desenvolvem o chamado diabetes gestacional. A doença é caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez – e o acesso à informação é fundamental para prevenir e tratar o diabetes gestacional. Para entender mais sobre a doença, o Dr. Marcio Krakauer, Endocrinologista e Coordenador do Departamento de Tecnologia, Saúde Digital e Inovação da SBD e fundador e presidente da ADIABC – Associação de Diabetes do ABC – tira aqui as principais dúvidas.

Os sintomas são difíceis de serem identificados

Verdade. Assim como os outros tipos de diabetes, os sintomas são facilmente confundidos com outras doenças. Por esse motivo, é muito importante que o acompanhamento de pré-natal seja realizado da forma correta. São nessas consultas que se avaliam o nível de glicose e qualquer outra complicação.

Se tiver diabetes gestacional, o bebê nascerá com malformações congênitas

Mito. A má formação pode ser uma complicação do diabetes, mas isso pode acontecer com gestantes já diagnosticadas com diabetes antes da gravidez e não tratadas da forma correta. Durante os últimos meses de gestação, quando pode ocorrer o diabetes gestacional, o bebê já passou pelo processo de formação e só está em fase de crescimento no útero.

É uma doença que não causa problemas para o bebê

Mito. Se o diabetes gestacional não for tratado, pode aumentar o nível de glicose no sangue do bebê. Isso leva à maior produção de insulina que o normal, fazendo com que a criança nasça com baixos níveis de glicose no sangue, podendo causar problemas respiratórios e a chance do desenvolvimento de diabetes tipo 2 – além do risco de aborto, crescimento indevido, excesso de líquido amniótico, entre outros.

Após a gravidez, o diabetes gestacional é curado naturalmente

Em parte. A maioria das mulheres apresenta normalização após o parto, mas uma parcela significativa permanece com diabetes (semelhante ao tipo 2) constantemente. Por isso, é recomendado observar os níveis de glicemia nos primeiros dias pós-parto e orientar a mãe para a manutenção de uma dieta saudável, evitando prescrição de dietas hipocalóricas e incentivando o aleitamento materno, que pode contribuir para a redução do risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 após a gestação. Caso ocorra hiperglicemia durante o período de amamentação, o uso de insulina é indicado. A tolerância à glicose deve ser reavaliada a partir de seis semanas após o parto e medidas de adoção de estilo de vida saudável devem ser estimuladas.

A gravidez tardia é um dos fatores de risco para o desenvolvimento da doença

Verdade. Mulheres que engravidam após os 35 anos de idade são consideradas um dos grupos de risco para a diabetes gestacional. Então é fundamental verificar os níveis de glicose ao longo da gestação e fazer um acompanhamento pré-natal.

Dr. Marcio Krakauer, Endocrinologista e Coordenador do Departamento de Tecnologia, Saúde Digital e Inovação da SBD e fundador e presidente da ADIABC – Associação de Diabetes do ABC

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