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Genéricos: os 10 mais vendidos nas farmácias brasileiras

Levantamento da Close-Up International sobre o mercado farmacêutico brasileiro listou os dez medicamentos genéricos campeões de vendas nas farmácias. Os dados levam em conta os últimos 12 meses até setembro.

Com R$ 130,8 milhões em vendas no período, crescimento de 42%, o anti-inflamatório, analgésico e antitérmico cetoprofeno, da Medley, ocupa a primeira colocação no ranking. Curiosamente, o remédio foi um entre as centenas de medicamentos em falta nos hospitais e farmácias do país ao longo deste e do ano passado.

Em segundo lugar vem a losartana, da Neo Química, com R$ 110,6 milhões em vendas. Apesar da posição, o medicamento registrou queda de -21,9% em relação ao período anterior. No primeiro semestre do ano, o anti-hipertensivo ganhou os holofotes quando a farmacêutica Medley anunciou o recall voluntário de todos os lotes de losartana potássica por suspeita de contaminação por nitrosamina, substância com potencial cancerígeno. Já no fim de junho, a Anvisa determinou o recolhimento de lotes do medicamento de diversas fabricantes devido a suspeitas sobre a presença da impureza “azido” em concentração acima do limite de segurança aceitável. Em 12 de julho, a agência liberou a comercialização do produto.

Fim da patente

A terceira e quarta colocações são ocupadas, respectivamente, pelo analgésico naratriptina (R$ 108 milhões), da Nova Química; e pelo levotiroxina (R$ 102,3 milhões), remédio hormonal da Merck para tratamento do hipotireoidismo. No top 5 vem o anticoagulante rivaroxabana, da EMS, que apresentou R$ 94,7 milhões em vendas e o maior percentual de crescimento, 125,1%.

A EMS lançou o genérico do medicamento de referência Xarelto, desenvolvido pela Bayer, em maio de 2021, após o Supremo Tribunal Federal extinguir o parágrafo único do artigo 40 da Lei de Propriedade Industrial, que permitia prazo indeterminado para patentes de medicamentos. O anticoagulante é usado no tratamento de complicações decorrentes da covid-19, como trombose, AVC ou embolia.

A metformina (R$ 90,9 milhões), da Prati-Donaduzzi, para tratamento do diabetes, ocupa a sexta colocação, seguida do medicamento para problemas gástricos pantoprazol, da Medley, com R$ 88,9 milhões em vendas.

Kit Covid

Na oitava colocação, está o antiparasitário ivermectina, da Vitamedic, com R$ 82,9 milhões em vendas. O medicamento teve retração de 84,3% no período. Uma das integrantes do chamado kit Covid, a ivermectina chegou a registrar 75,8 milhões de unidades vendidas em 2020, no auge da pandemia.

Vendem, mas faltam

Na nona e décima colocação, vêm a amoxicilina + clavulanato de potássio, da Sandoz (R$ 80,3 milhões em vendas) e da EMS (R$ 77,9 milhões),  respectivamente. Apesar do crescimento de mais de 50% apresentado por ambas as farmacêuticas, uma pesquisa revelou que 98% dos PDVs farmacêuticos relataram falta de medicamentos, especialmente das classes de antimicrobianos.

Instrumento de acesso

Um dos mais importantes instrumentos de acesso a tratamentos pela população brasileira, os medicamentos genéricos cobrem mais de 95% das doenças conhecidas. “Desde que foram criados, há 23 anos, eles já proporcionaram economia de R$ 231 bilhões para a população, sendo que 79% dos consumidores compram ou já compraram genéricos alguma vez”, afirma Telma Salles, presidente da PróGenéricos.

Ranking top 10 genéricos em vendas (MAT 09/2022)

Ranking Produto Fabricante Vendas Cresc.
1 Cetoprofeno Medley R$ 130,8 42%
2 Losartana Neo Química R$ 110,6 -21,9%
3 Naratriptina Nova Química R$ 108 17%
4 Levotiroxina Merck R$ 102,3 12,6%
5 Rivaroxabana EMS R$ 94,7 125,1%
6 Metformina Prati-Donaduzzi R$ 90,9 -3,4%
7 Pantoprazol Medley R$ 88,9 16,3%
8 Ivermectina Vitamedic R$ 82,9 -84,3%
9 amoxicilina + clavulanato de potássio Sandoz R$ 80,3 53,5%
10 amoxicilina + clavulanato de potássio EMS R$ 77,9 50,1%

 

Fonte: Panorama Farmacêutico

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