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Fumaça de queimadas pode prejudicar coração

“A fumaça das queimadas que se observam na Amazônia não prejudica apenas o meio ambiente e a diplomacia brasileira, mas também a saúde humana”, alerta o médico José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). O maior prejuízo é para o sistema respiratório, mas há, ainda, riscos para o coração.

Os efeitos das queimadas afetam numerosas regiões, dependendo do regime de ventos. É o que ocorreu, por exemplo, na cidade de São Paulo, no dia 19 de agosto. O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), depois de analisar dados e imagens, inclusive dos satélites da Nasa, concluiu que o escurecimento da capital paulista foi provocado por partículas provenientes de queimadas ocorridas nas regiões Centro-Oeste e Norte, entre Paraguai e Mato Grosso, abrangendo trechos da Bolívia, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

“Esse material particulado é justamente o mais perigoso, pois, ao ser inalado, passa pelo sistema respiratório, atingindo o pulmão e, em consequência, a corrente sanguínea, a partir da qual pode gerar problemas cardiovasculares”, explica Dr. Saraiva, citando, ainda, o monóxido de carbono (CO), também nocivo à saúde.

Não há muito o que fazer para se proteger da fumaça, mas se recomenda que se fechem janelas e portas e se umidifique o ambiente, usando vasilhames com água, toalhas molhadas ou equipamentos de umidificação. Caso surjam sintomas como falta de ar, dificuldade de respiração, alteração do ritmo cardíaco ou mal-estar, recomenda-se procurar um médico, conclui o cardiologista.

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