Farmácia: Legítimo elo do sistema de saúde

Onde encontrar orientação e um serviço de assistência à saúde confiável e acessível? A resposta pode estar perto da sua casa: na farmácia – diz Cesar Bentim, consultor e empreendedor no segmento de saúde, fundador da startup Artegist Healthcare Consulting e ex-diretor de Relacionamento com Parceiros Estratégicos da IQVIA

Durante o período de pandemia, as mais de 80 mil farmácias do país realizaram um trabalho de grande importância. Abertas por sua essencialidade, elas não se restringiram a vender medicamentos, mas passaram a atuar ainda mais na atenção direta à população, cheia de dúvidas e receios em tempos tão desafiadores. A competitividade acirrada do setor aumenta sua profissionalização, melhorando o atendimento, as ofertas e os serviços prestados – que se tornaram mais convenientes e adaptados a um consumidor exigente, em especial quando o assunto é saúde.

Hoje, ao entrarmos numa farmácia, queremos encontrar os remédios e as vitaminas de que necessitamos a um preço justo, além de obter informações claras, atendimento de alto nível e aproveitar para garantir os itens de beleza e higiene que podem estar faltando em casa.

E, para que não falte nada na hora de adquirir os medicamentos receitado pelos médico ou aquelas de venda livre, isentas de prescrição (MIPs), há hoje toda uma cadeia logística sofisticada unindo indústria, distribuidores e varejistas.

A satisfação que buscamos no atendimento no balcão de uma farmácia é suprida pelo crescente papel de associações e entidades de farmácia e de farmacêuticos em treinar e capacitar seus profissionais. E, apesar dos desafios que o setor encara, está nítido que o varejo farmacêutico deve assumir um papel ainda mais ativo no sistema de saúde.

Isso quer dizer que, fora o atendimento de qualidade, será preciso ir além dos serviços disponíveis hoje. A eficiência e a conveniência dos kits de testes para Covid-19 foram um primeiro passo para ampliar diagnósticos rápidos oferecidos nas farmácias — exames simples capazes de detectar infecções como HIV e hepatites, por exemplo. A partir de primeiro de agosto, eles farão parte de um kit de mais de 40 testes rápidos que poderão ser oferecidos no varejo farmacêutico.

Também se espera um serviço ainda mais completo na provisão e orientação dos pacientes, com profissionais aptos a indicar MIPs contra males menores e dar suporte aos indivíduos polimedicados, aqueles que fazem uso de diversos remédios no seu dia a dia. Sem falar na oferta de vacinas, tão cruciais agora e depois da pandemia.

Assim, o que está por vir é a transformação da farmácia em um autêntico “hub de saúde”, um aglutinador de serviços presenciais e digitais essenciais à gestão do bem-estar. Por falar em atuação digital, esse é um segmento que vivencia uma nova efervescência diante das necessidades e anseios do consumidor — tudo dentro de um sistema que respeite pressupostos éticos e legais e a jornada de digitalização dentro da farmácia. Atender aos desafios da saúde exigirá o engajamento da população, num caminho que demanda responsabilidades individuais e coletivas, baseadas em mais educação e know-how em autocuidado.

A boa notícia é que poderemos contar cada vez mais com esse elo determinante no ecossistema da saúde, a farmácia

*Cesar Bentim é publicitário e profissional de marketing, consultor e empreendedor no segmento de saúde e fundador da startup Artegist Healthcare Consulting, com sede em São Paulo. Foi  diretor de Relacionamento Parceiros Estratégicos da IQVIA

Fonte: Veja Saúde

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