Se a melhoria dos resultados é o assunto mais importante para o varejo farmacêutico, por outro lado isso tem se tornado um tabu, dada a quantidade de “receitas” disponíveis e a descrença do empresário quanto à eficiência delas. Afinal, há uma receita? Nesta edição, o consultor Luiz Muniz inicia um curso prático de gestão mais lucrativa de farmácias
Quando conversamos com os profissionais de farmácia, percebemos que a maioria se queixa dos resultados, mesmo depois de fazer tudo o que deve ser feito, baseado na experiência acumulada ao longo da carreira. Eles se sentem como se não houvesse mais espaço para aprender a fazer as coisas de maneira melhor e mais rentável – isso sem falar que esses esforçados empresários creem cegamente que a causa dos resultados abaixo de suas expectativas está no distribuidor – ou na condição econômica do país, na concorrência, na Substituição Tributária. Enfim, o mercado é o grande vilão do varejo.
Aqui vem um dado importante: de acordo com a ANVISA, o Brasil tem aproximadamente 100 mil registros de farmácias. Isso nos faz crer que esse não é um mau negócio e há ainda espaço no mercado para crescer. Mas isso não significa que a forma de conduzir o negócio deva ser a mesma de 50 anos atrás. O objetivo desse artigo não é apontar soluções imediatistas, cheias de dicas mágicas. É o primeiro de uma série que pretende situar a perspectiva dos resultados como efeito de causas relacionadas à forma como a farmácia está sendo dirigida e operada. A isso damos o nome de Gestão.
Será um convite a repensar a forma como as coisas acontecem dentro do próprio varejo, definindo os resultados que realmente importam – e direcionando os esforços de gestão para isso. Por mais que existam ferramentas tecnológicas que ajudem nessa tarefa, e vamos aqui explorar as formas de como tirar o máximo delas, a capacidade de gerir a loja deve também constantemente evoluir de forma metódica. Isto é: para gerir uma farmácia existe um padrão. Sem ele, tudo fica mais difícil – e qualquer coisa que seja feita corre um risco muito grande de não gerar bons resultados. Aí surge a primeira diferença, que precisamos esclarecer: esse padrão de como gerenciar, chamado PDCA (sigla em inglês para Planejar, Executar, Controlar e Reavaliar), não é algo que se faz da noite para o dia, porque, além da técnica envolvida, requer atitude diferente diante do negócio. Ele orienta você a como pensar o negócio desde sua estratégia até a realização das atividades mais básicas, como a melhor forma de se fazer o fechamento do caixa, quais as ferramentas, qual o treinamento e como garantir que tudo está sendo realizado conforme planejado. O método incomoda no início, porque não estamos condicionados a pensar. Somos seres humanos e, portanto, imediatistas. Temos a tendência de buscar alguém que pense por nós e traga a solução pronta, nos tornando cegos a ponto de não pensarmos mais em melhorias.
O método não é algo que se usa e acabou. Ele nos convida a pensar de forma ordenada, questionar sistematicamente, encontrar as melhores alternativas e a executar o que for necessário para trazer sucesso ao negócio. Isso requer tempo e dedicação. Afinal, estamos falando de um negócio que é seu. Ninguém quer que um filho seja criado por outro. Por isso, quem melhor que o dono da farmácia para se dedicar a fazer o próprio negócio prosperar? Só ele sabe das especificidades de sua(s) loja(s), e não há ninguém no mundo que, mais do que ele, queira ver o negócio render cada vez mais.
Temas como vendas, gestão de estoque, atendimento de loja, planejamento financeiro, análise dos resultados de parcerias, ferramentas tecnológicas, manutenção e “layoutização” da área de vendas, entre tantos outros, serão tratados nas próximas edições como forma de provocar a capacidade de análise do empresário do setor e a trazer ainda mais independência para sua(s) loja(s) – o que, com certeza, elevará o patamar de resultados.
Por mais que seu negócio esteja indo bem, sempre haverá oportunidade de melhorar e crescer mais.
Luiz Muniz
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |