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É importante alertar sobre os riscos da hipercolesterolemia familiar

Estima-se que 800 mil pessoas convivam com a doença no País.  Em sua versão mais agressiva, o paciente não sobrevive até os 10 anos de idade

Talvez você nunca tenha lido ou escutado falar sobre Hipercolesterolemia Familiar (HF). Mas esta é uma doença gravíssima, que atinge parcela considerável da população, podendo causar grandes riscos à saúde cardiovascular dos seus portadores. Segundo o Estudo ELSA-Brasil, em 2018 cerca de 800 mil pessoas viviam com a enfermidade no País. Menos de 1% é diagnosticado. Conforme explica o cardiologista Henrique Tria, presidente da Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (AHF), entre 5% e 10% das mortes precoces (em pacientes abaixo de 50 anos) por doenças cardiovasculares são atribuídas ao problema.

A HF é genética e causa aumento nos níveis de colesterol no sangue. Nestes casos, mudar hábitos alimentares e praticar mais atividades físicas não melhora as taxas. É preciso manter o uso de medicamentos continuadamente, já que a doença é incurável, mas quanto mais cedo é detectada e tratada, melhor a qualidade de vida do paciente.

Para conscientizar sobre a HF, em 24 de setembro, a Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (AHF), com apoio da MedLevensohn, realiza aferição de colesterol, com orientações sobre saúde e bem-estar, no andar térreo do Instituto do Coração (Incor). Das 10h às 14h, quem passar pelo local terá atendimento gratuito e informações sobre alimentação saudável com voluntários e nutricionistas.

Apoiadora da causa, a MedLevensohn doou 500 tiras para as medições de colesterol. “Esta dislipidemia tem origem genética. A forma mais complicada é a que chamamos de homozigótica, ou seja, a que tem origem no pai e na mãe. Normalmente, este paciente não sobrevive até os 10 anos de idade. Já a configuração mais branda é a heterozigótica, em que somente um dos progenitores fornece esse gene”, explica o Diretor Médico da MedLevensohn, Dr. Alexandre Chieppe.

Na heterozigótica, o paciente até consegue viver por mais tempo, mas tem muitas complicações de saúde, principalmente no sistema cardiovascular. Muitas vezes, o tratamento medicamentoso comum não tem qualquer ação efetiva na redução dos índices de colesterol no sangue. Enquanto a taxa máxima de colesterol no sangue recomendada pelos médicos fica entre 70 e 130 mg/dl, pacientes com HF chegam a ter mais de 210 mg/dl. De acordo com o Dr. Tria, todos os adultos com colesterol total acima de 310 mg/dl serão encaminhados para o teste genético no grupo HipercolBrasil. “Além da informação de qualidade para pacientes, a campanha visa sensibilizar a sociedade médica para garantir que eles tenham acesso ao diagnóstico precoce e, com isso, tratamento de qualidade”, diz o especialista. A HF é silenciosa e pode ser diagnosticada com investigação do histórico familiar e exame de sangue.

Segundo o CEO da MedLevensohn, José Marcos Szuster, esse é um dos motivos para o apoio à ação da AHF. “Sabemos dos graves riscos cardiovasculares que os pacientes com hipercolesterolemia familiar correm. Por isso, apoiar a iniciativa é uma maneira de fomentar o debate sobre a doença e os possíveis tratamentos, promovendo saúde e bem-estar”, afirma. O tratamento da HF se dá, a partir da ineficiência das estatinas comumente utilizadas, com a utilização dos chamados “Inibidores da PCSK9”, medicamentos de alto custo mas que são efetivos, o que portanto evidencia a importância da detecção precoce e da atenção da saúde pública para a questão.

Não existe, hoje, um registro nacional sobre a HF. Grupos de pesquisas vinculados a universidades e hospitais são os principais responsáveis por estudar o assunto e tratar os pacientes. O HipercolBrasil, por exemplo, faz rastreamento genético em todo o território nacional, ainda que conte com pouco apoio financeiro para continuar o programa.

Serviço

Dia Mundial da Hipercolesterolemia Familiar

Medição gratuita de colesterol

24 de setembro, das 10h às 14h

Incor – Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 44 – Cerqueira César

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