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Desafios na gestão de pessoas no varejo farma

por: Arabaci Sciamarelli

 

Nos tempos atuais, há uma série de desafios presentes no varejo de uma forma geral e, particularmente, no varejo farmacêutico. Um dos principais é a chamada retenção de talentos, que está intimamente associada à gestão da rotatividade – ou turnover, termo em inglês muito difundido em nosso meio.

Segundo a consultoria Bare International, a média nacional da rotatividade era de 3,79, enquanto no setor farma chegou a 6,17. Essa escala feita pelo Ministério do Trabalho varia de 0 a 10, de modo que, quanto maior o valor, pior o resultado. Esse alto índice de turnover repercute numa série de fatores que acabam impactando diretamente os resultados, pois afeta os custos assim como o faturamento do negócio.

O turnover é um indicador clássico de RH que mede a proporção entre admissões e desligamentos, demissões, aposentadorias e fim de contratos temporários. Esse indicador mostra que o turnover deve ser mantido o mais baixo possível, pois existem custos tanto no processo de admissão como no desligamento. E não falo apenas de verbas rescisórias, mas também do custo do processo seletivo, do treinamento, mesmo que informal, o tempo que o funcionário levou para chegar a ter uma performance adequada e o conhecimento que ele leva consigo quando sai – e que terá de ser reposto.

Algumas causas para altos índices de turnover? Remuneração, pouca motivação, causada por gerenciamento muito rígido ou muito distante, falta de reconhecimento, de treinamento e outros.

Quem consegue diminuir o turnover contribui para outro fator fundamental nos tempos de hoje: a retenção de talentos. Manter os talentos na empresa contribui para melhoria das vendas, da lucratividade, contribui para a chamada experiência do consumidor de forma positiva e ajuda a solidificar a chamada cultura organizacional, o que fortalece a marca da empresa.

Alguns pontos que devemos citar e que contribuem para a retenção de talentos na empresa:

 

  1. Constante feedback – Vale tanto se o colaborador não teve uma atuação adequada, mas também como um elogio. A frase clássica que passa, mesmo inconscientemente, na cabeça do funcionário é: “Preciso saber se estou indo bem”
  2.  Treinamentos – Aqui vou além do conteúdo básico sobre as tarefas operacionais; o treinamento deve abarcar os fatores que estejam alinhados com os valores e a missão da empresa, além de também ter conteúdo ligado aos produtos, especialmente dos lançamentos – obviamente seguindo todas as normas da ANVISA.
  3. Metas claras acrescidas de desafios – Os colaboradores devem ter sempre novos desafios baseados em indicadores, como, por exemplo, ticket médio, satisfação do consumidor, retorno deste à loja e outros – é claro que aqui se deve ter um mínimo de tecnologia agregada para se poder medir todos esses fatores.
  4. Processo seletivo bem definido – O uso de ferramentas de seleção, além de entrevistas e indicações, como testes e outros materiais, pode diminuir a subjetividade no processo. Outro fator importante a ser levado em conta é a variedade de pessoas a serem recrutadas e selecionadas, pois, quanto maior ela for, maior a possibilidade de melhoria nos processos, bem como, por parte do consumidor, uma maior identificação.
  5. Avaliação constante dos funcionários – Um processo formalizado de avaliação contribui, se bem direcionado, para a retenção de talentos na empresa.

Estes são alguns dos desafios na gestão do varejo hoje em dia. Em próximos artigos detalharei mais cada um desses pontos.

 

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https://www.bareinternational.com.br/retencao-de-talentos-no-varejo/

* Experiência do consumidor ou experiência do cliente – Customer Experience (CX) ou Experiência do Cliente é o nome que se dá ao conjunto de percepções e impressões que um consumidor possui sobre determinada empresa, após interagir com ela. Do ponto de vista da marca, é a imagem que ela passa para os clientes durante todo o processo de interação, antes, durante e após uma conversão, seja ela uma compra ou contratação.

Arabaci Sciamarelli é Psicólogo formado pela USP, com MBA pela FIA-USP. Formado em Life Coaching e Executive Coaching pelo Integrated Coaching Institute. Durante 22 anos, exerceu diversos cargos da área de RH e como executivo de treinamento de vendas, com grande experiência em desenvolvimento gerencial e treinamento de equipes de vendas. Anteriormente à atuação em consultoria, trabalhou em diversas empresas multinacionais dos segmentos de consumo e farmacêutico, a saber: Osram, São Paulo Alpargatas, Boehringer Ingelheim, AstraZeneca e Wyeth.

Leia a matéria na revista ABCFARMA clicando aqui

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