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Consulta farmacêutica: Como ela pode auxiliar no controle de doenças como a hipertensão

Hoje é possível realizar consultas e fazer acompanhamento de doenças crônicas como hipertensão e diabetes dentro de farmácias – preferencialmente em salas exclusivas. A consulta farmacêutica é uma realidade que vai completar 10 anos em 2023. Ela foi definida e fortalecida pela resolução Nº 585, de 2013, pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). O atendimento, que é realizado pelo farmacêutico, respeita os princípios éticos e profissionais, com a finalidade de obter os melhores resultados com a farmacoterapia e promover o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde.

Segundo levantamento realizado pela ABRAFARMA, instituição que representa as grandes redes do varejo farmacêutico brasileiro, existem mais de 4 mil farmácias com salas e consultórios em operação no Brasil.
“Para que as farmácias ofereçam esse atendimento, é necessário que tenham uma área exclusiva. Em qualquer situação é possível se consultar com o farmacêutico – porém, no caso de condições que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente à vida do paciente, é incontestável procurar por um atendimento médico”, destaca Claudinei Alves Santana, coordenador do Bacharelado em Farmácia do Centro Universitário Senac.

Com a disponibilização deste atendimento à população, a farmácia pode ser considerada um estabelecimento de saúde servindo de apoio às ações do SUS como observado em relação aos testes rápidos realizados durante a pandemia de Covid-19, por exemplo.
Descubra as vantagens de se consultar em uma farmácia e quais os serviços prestados:

  • Agilidade no atendimento — Proporciona o acesso rápido ao atendimento de problemas de saúde autolimitados, que não trazem risco iminente para a saúde, com prescrição de medicamento correto, caso necessário, o que evita a automedicação.
  • Rastreamento em saúde e avaliação — Serviço realizado para identificação de uma possível doença por meio de aplicação de testes, exames e avaliações rápidas. Após análise dos resultados, o farmacêutico tem autonomia para orientar o paciente a procurar o serviço de saúde para melhor avaliação da sua condição de saúde pelo profissional médico.
  • Educação em saúde – Fomenta a comunicação adequada entre o farmacêutico e os pacientes, além do compartilhamento de informações detalhadas sobre os medicamentos. Além disso, o profissional da área pode desenvolver e participar de programas educativos para grupos de pacientes, elaborar materiais educativos, destinados à promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de doenças.
  • Dispensação — Ato do profissional farmacêutico de fornecer medicamento ao paciente, de acordo com a prescrição médica ou prescrição farmacêutica com orientação de preparo e uso. Além disso, estabelece uma relação de confiança entre o profissional e o paciente.
  • Manejo de problema de saúde autolimitado – Serviço que permite que o farmacêutico aplique conhecimentos clínicos para enfermidade aguda de baixa gravidade e de breve período, podendo prescrever o tratamento eficaz e seguro com medicamentos e outros produtos de finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais – alopáticos ou dinamizados, plantas medicinais, drogas vegetais ou medidas não farmacológicas.
  • Monitorização terapêutica de medicamentos — Serviço que envolve a interpretação de exames laboratoriais que auxiliam o farmacêutico a compreender a condição clínica do paciente – e, assim, possa sugerir ao médico ou ao paciente o ajuste de dose do medicamento para adequação do tratamento estabelecido.
  • Conciliação de medicamentos — Serviço que consiste na obtenção de uma lista completa e precisa dos medicamentos de uso habitual do paciente e posterior comparação com a prescrição – e tem como objetivo prevenir erros de medicação resultantes de diferenças da prescrição, como duplicidade ou omissão de medicamentos, evitando assim danos desnecessários.
  • Revisão da farmacoterapia — Serviço que analisa todos os medicamentos utilizados pelo paciente, com a proposta de evitar e/ou minimizar qualquer possível problema como reações adversas, baixa adesão, erros de doses e interação medicamentosa. Nessa revisão, também é possível identificar situações que promovam a redução do custo do tratamento para o paciente ou sociedade.
  • Gestão da condição de saúde — Serviço que prevê o gerenciamento e o acompanhamento de doenças já estabelecidas, procedimentos para recuperação e identificação de possíveis riscos, com foco na promoção da saúde e melhor qualidade de vida do paciente. Essa ação pode ser de natureza multiprofissional, incluindo médicos, enfermeiros e nutricionistas.

Embora a consulta farmacêutica seja uma alternativa para quem precisa de um atendimento rápido, ela não inviabiliza ou dispensa a consulta médica. Dependendo do quadro clínico do paciente, o próprio farmacêutico pode sugerir a busca por um especialista.

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