Essa categoria de medicamentos ainda desperta dúvidas entre os profissionais de farmácia. Com o apoio da Organon, uma das empresas líderes do segmento, com foco no desenvolvimento de medicamentos para mulheres, aqui são esclarecidas as principais incertezas sobre esse importante setor do mercado farmacêutico brasileiro.
Consolidado nos Estados Unidos e Europa, o mercado de biossimilares se expande no Brasil. Aos poucos, embora apenas uma mínima parcela da população esteja familiarizada com o termo, este tipo de medicamento se torna realidade no país. Disponíveis no Brasil desde 2016, os biossimilares são desenvolvidos tendo como referência fármacos originais cuja patente expirou. Por conta disso, costumam ser confundidos com os medicamentos genéricos. Mas as diferenças são grandes. E a distinção começa aqui: os genéricos vêm de uma síntese química e são idênticos ao produto originador; já os biossimilares são medicamentos biológicos, estruturalmente muito mais complexos, que podem apresentar variação em relação ao seu medicamento de referência. Isso acontece porque eles são desenvolvidos a partir de células vivas modificadas geneticamente. Porém, mesmo não sendo uma cópia fiel do produto originador, eles possuem a mesma capacidade de estimular respostas imunológicas no organismo.
Para assegurar que a qualidade, eficácia e segurança do biossimilar é equivalente ao medicamento de referência, é feita uma avaliação rigorosa durante todo o processo de produção e controle de qualidade. No Brasil, é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quem aprova a comercialização das novas marcas, que, para tal, exige entre os documentos, de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 55, de 16 de dezembro de 2010, estudos clínicos de equivalência aos originadores. O gerente de marketing da Organon, João Cesar Cruz, esclarece. Confira:
Mito. Ao contrário dos genéricos, os biossimilares não são idênticos aos medicamentos de referência. Embora não sejam idênticos ao referência, os biossimilares são desenvolvidos de modo que apresentem qualidade, eficácia e segurança equivalentes a eles. Apesar das pequenas diferenças analíticas e funcionais, são altamente semelhantes ao produto de referência nos componentes clinicamente inativos. E isso é comprovado por meio de estudos clínicos. Já os genéricos não precisam ser avaliados em ensaios clínicos para aprovação regulatória. Todos os medicamentos biológicos, sejam de referência ou biossimilares, são produzidos a partir de organismos vivos. Portanto, têm um certo grau de variabilidade inerente – não há dois lotes absolutamente idênticos.
Mito. Os biossimilares têm, de fato, um custo inferior ao seu medicamento de referência e são desenvolvidos para funcionar no organismo da mesma maneira que o produto originador, garantindo a mesma segurança, pureza e eficácia. Para isso, passam por rigorosos testes antes de chegar ao mercado, além de ter a aprovação da Anvisa. O que permite que os biossimilares tenham um custo menor é o fato de que o esforço no desenvolvimento do biossimilar é dedicado à etapa analítica, enquanto para o originador a etapa mais extensa é a dos estudos clínicos – que também é a etapa mais custosa do desenvolvimento de um medicamento.
Verdade. Assim como os medicamentos biológicos originadores, os biossimilares são prescritos para doenças crônicas, como câncer, artrite reumatoide e doenças autoimunes, como esclerose múltipla, doença de Crohn e psoríase. Eles representam uma oportunidade acessível e eficiente para milhões de pacientes.
Mito. Os biossimilares passam por várias etapas de desenvolvimento e aprovações regulatórias até serem comercializados. A aprovação do biossimilar inclui exigências complexas, que demanda mais tempo e investimentos quando comparada ao processo de aprovação do medicamento genérico. Um biossimilar pode levar até oito anos para ser desenvolvido. Para aprovar o registro de um biossimilar no Brasil, a Anvisa exige a apresentação de estudos comparativos entre o biofármaco similar e o produto de referência – e somente com o mesmo desfecho clínico ele será aprovado.
Mito. Os laboratórios podem comercializar biossimilares apenas dos medicamentos biológicos que tiveram queda da patente.
Mito. A Anvisa outorga a autonomia decisória ao profissional médico, mas no âmbito público estendeu essa competência ao Ministério da Saúde, conforme Nota de Esclarecimento n.º 03/2017/ Gerência de Avaliação de Produtos Biológicos/Gerência-Geral de Medicamentos (GPBIO/GGMED)/Anvisa.
Verdade. A produção e comercialização dos medicamentos biológicos promoveram um avanço nos tratamentos oncológicos e uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes. Porém, eles têm um custo muito alto, devido à complexidade das pesquisas. Os biossimilares se tornaram uma alternativa que possibilitou maior acesso ao tratamento, reduzindo os custos para os sistemas de saúde.
Verdade. Um produto biossimilar custa de 30% a 70% do valor do originador. Essa economia de gastos não só contribui para a sustentabilidade do sistema como amplia o acesso a medicamentos para doenças crônicas no Brasil, permitindo que os pacientes prossigam em tratamentos de qualidade e eficiência, sem o impeditivo da questão econômica.
Sobre Organon
A Organon é uma empresa global de saúde com foco no desenvolvimento de medicamentos para mulheres. Seu propósito é contribuir para que as mulheres tenham mais saúde e bem-estar em todas as fases da vida. A companhia possui um portfólio de mais de 60 medicações em diversas áreas terapêuticas, como saúde reprodutiva, contracepção, doenças cardíacas e câncer de mama. Entre esses produtos, constam também biossimilares e medicamentos estabelecidos no mercado. Oriunda da farmacêutica MSD, a Organon tem atuação autônoma e cerca de 9 mil trabalhadores espalhados pelo planeta. Para obter mais informações, visite www.organon.com/brazil e conecte-se conosco no LinkedIn.
Fonte: MassMedia
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