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Calendário das vacinas 2023: Farmácias podem aderir ao programa nacional

Por: Celso Arnaldo Araujo

Desde 2017, através da RDC 197/17, está autorizada a oferta de vacinas nas farmácias brasileiras – respeitadas as regras sanitárias impostas pela Anvisa. A pandemia de Covid-19 teve o dom de impulsionar esse serviço – consagrando as farmácias como porta de entrada do sistema de saúde brasileiro, pelo menos para neutralizar esse vírus. E agora, superada a pandemia? O Ministério da Saúde acaba de divulgar o calendário da vacinação em 2023. As farmácias interessadas em aderir a esse programa devem se preparar – inicialmente fazendo o licenciamento e a inscrição do serviço no CNES – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde. Seria uma ótima iniciativa num momento de queda generalizada nos índices de vacinação no país contra diversas doenças infecciosas

Ao divulgar esse calendário, o Ministério destacou que o Brasil, apesar de ser pioneiro em campanhas de vacinação, vem apresentando retrocessos nesse campo desde 2016. Praticamente todas as coberturas vacinais estão hoje abaixo da meta – daí o interesse em que parte de nossas 90 mil farmácias, presentes em 95% dos municípios brasileiros, adiram ao programa. Este ano, as ações nacionais começam em 27 de fevereiro, com a aplicação de doses de reforço da vacina bivalente contra a Covid-19. A programação prevê para abril a intensificação da campanha de imunização contra a influenza. Já em maio deve ocorrer uma ação de multivacinação nas escolas, contra a poliomielite e o sarampo. As etapas, segundo o Ministério da Saúde, foram organizadas de acordo com os estoques de doses existentes, as novas encomendas realizadas pela pasta e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes de vacinas. O cronograma foi pactuado com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e pode ser alterado caso o cenário de entregas seja modificado ou tão logo novos laboratórios tenham suas solicitações aprovadas pela Anvisa.

Etapa 1 — Fevereiro – Vacinação contra a Covid-19 (reforço com a vacina bivalente)

Público-alvo:

  • Pessoas com maior risco de formas graves de Covid-19
  • Pessoas com mais de 60 anos
  • Gestantes e puérperas
  • Pacientes imunocomprometidos
  • Pessoas com deficiência
  • Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP)
  • Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas
  • Trabalhadores da saúde.

Etapa 2 – a partir de Março – Intensificação da vacinação contra Covid-19

Público alvo:

  • Toda a população com mais de 12 anos.

Etapa 3 – a partir de Março – Intensificação da vacinação contra Covid-19 entre crianças e adolescentes.

Público alvo:

  • Crianças de 6 meses a adolescentes de 17 anos.

Estratégias e ações:

  • Mobilizar a comunidade escolar, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, com duas semanas de atividades de mobilização e orientação; comunicar estudantes, pais e responsáveis sobre a necessidade de levar a Caderneta de Vacinação para avaliação

Etapa 4 — a partir de Abril – Vacinação contra a Influenza.

Público-alvo:

  • Pessoas com mais de 60 anos, adolescentes em medidas socioeducativas, caminhoneiros, crianças de 6 meses a 4 anos, Forças Armadas, forças de segurança e salvamento, gestantes e puérperas, pessoas com deficiência, povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas, trabalhadores da saúde.

Etapa 5 — a partir de Maio – Multivacinação contra a poliomielite e sarampo nas escolas

Estratégias e ações:

  • Mobilizar a comunidade escolar, com duas semanas de atividades de mobilização e orientação, reduzir bolsões de não-vacinados, comunicar estudantes, pais e responsáveis sobre a necessidade de levar a Caderneta de Vacinação para avaliação.

Atenção, farmácias e drogarias que desejam se mobilizar para esse programa em prol da saúde dos brasileiros.

Uma mensagem inicial a seus clientes: diante do cenário de baixas coberturas vacinais, desabastecimento, riscos de epidemias de poliomielite e sarampo, além da queda de confiança nas vacinas, o Ministério da Saúde realizou ao longo do mês de janeiro uma série de reuniões envolvendo outros ministérios. É importante ressaltar que, para todas as estratégias de vacinação propostas, as ações de comunicação e de comprometimento da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas.

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