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ANVISA aprova novo tratamento para câncer de próstata

Aprovada dia 24 de outubro pela ANVISA, a nova indicação do princípio ativo darolutamida beneficiará pacientes com câncer de próstata metastático hormônio-sensível (CPHSm). Um estudo recente demonstrou risco de morte 32,5% menor no tratamento com darolutamida em associação à docetaxel e terapia de privação androgênica (ADT). O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, pelo menos 65 mil casos por ano devem ser diagnosticados no Brasil entre 2020 e 2022.

A darolutamida já era utilizada nos casos de câncer de próstata não-metastático resistente à castração, mas o novo parecer da ANVISA é focado em atender a necessidade de pacientes de câncer de próstata metastático hormônio-sensível (CPHSm).

“A nova aprovação da Anvisa traz uma nova opção de tratamento para esses pacientes que estão em estágios mais avançados, com uma nova perspectiva, atrasando a evolução da doença, com mínimo impacto na qualidade de vida”, afirma Erlon Mansur, diretor da área de Oncologia da divisão farmacêutica da Bayer. Os casos clínicos mostram que pacientes com a forma localizada do câncer de próstata apresentam sobrevida de quase 100% em cinco anos enquanto que na forma metastática, quando o câncer se espalhou pelo corpo, essa taxa de sobrevida é de apenas 30% no mesmo período de tempo.

Apresentada este ano no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), maior congresso de oncologia do mundo, a pesquisa ARASENS apresentou dados relevantes sobre o uso combinado da darolutamida. A pesquisa envolveu 1.306 pacientes com a doença metastática hormônio-sensível, sendo que 86,1% destes estavam com metástase já no diagnóstico inicial.

Como a nova indicação da darolutamida age

A nova indicação traz uma combinação de três tratamentos distintos para melhorar a eficácia do tratamento. A chamada terapia de privação androgênica busca reduzir o nível dos hormônios masculinos (andrógenos como a testosterona), responsáveis por estimular as células do câncer de próstata a crescerem, e o docetaxel é um quimioterápico de eficácia comprovada no câncer de próstata metastático.

Nesse cenário, darolutamida é associada a esses dois tratamentos e bloqueia de maneira mais profunda a ação dos andrógenos sem adicionar toxicidade relevante. Ao combinar as 3 medicações, foi comprovado que o paciente ganha um benefício significativo de sobrevida global em comparação com a combinação envolvendo apenas a terapia de privação androgênica e docetaxel.

 

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