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Antimicrobianos, mucolíticos, anti-histamínicos e analgésicos continuam em falta

É o que aponta recente levantamento feito pelo CRF-SP

Atualmente, o Brasil produz apenas 5% dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs) utilizados na fabricação de medicamentos, número bem inferior à produção interna na década de 80, que chegou a ser mais de 50%, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi). A dependência externa, especialmente de Índia e China, é preocupante – já que qualquer crise nesses países pode inviabilizar determinados tratamentos no Brasil. O Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) acaba de divulgar o terceiro levantamento sobre o desabastecimento nas farmácias do estado. Realizado entre os dias 25/11/2022 e 16/01/2023, os resultados apontaram que 97,7% dos farmacêuticos (219) que responderam à pesquisa relataram que ainda sofrem com a falta de medicamentos. Mais de 88% informaram majoritariamente a falta de antimicrobianos, como amoxicilina, azitromicina, amoxicilina+clavulanato e cefalexina; na segunda colocação, aparecem os mucolíticos (relatados por mais de 62%), como acetilcisteína, cloridrato de bromexina, carbocisteína e cloridrato de ambroxol. Na sequência, com mais de 60% de citações, estão os anti-histamínicos como dexclorfeniramina, cetirizina, loratadina e difenidramina e com 49% os analgésicos como ibuprofeno, dipirona e paracetamol. Outras classes de medicamentos em falta foram citadas por 55% dos farmacêuticos que participaram do levantamento.

Para o Dr. Cristiano Ricardo, farmacêutico com atuação na área industrial, professor universitário e mestre em Farmácia, não há uma estratégia de política pública presente na Política Nacional de Medicamentos (PNM) como estratégia com olhar nas necessidades da população brasileira. “É preciso um Programa de Estado atrelado à Política Nacional de Medicamentos que envolva a produção de insumos escolhidos de forma estratégica, E em escala crescente, estabelecendo parcerias com as universidades para aprimoramento do processo produtivo, aplicando fontes de energia sustentável para a produção, e com olhar para metodologias analíticas rápidas e de baixo custo, e preferencialmente harmonizadas com as principais farmacopeias. Parcerias e incentivos a parcerias com indústrias farmacêuticas, farmoquímicas e agroquímicas podem financiar pesquisas e geração de resultados, reduzindo consideravelmente o investimento financeiro do Estado. Mas tudo só é possível em ação coordenada”.

Fonte: Pfarma

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