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8/03 Dia (e Mês) Internacional da Mulher – Elas comandam a farmácia

As mulheres conquistaram o ouro que fizeram por merecer na maior parte dos campos de trabalho – incluindo a presidência de muitas indústrias farmacêuticas. Mas no varejo farma isso é particularmente notável. Com sensibilidade e capacidade de lidar com pessoas que necessitam de cuidados de saúde especializados, elas dominam o ambiente de milhares de farmácias brasileiras, seja como farmacêuticas, seja como atendentes de balcão, oferecendo aos clientes sua sensibilidade e sua capacidade de acolhimento. Nos bastidores desse segmento, o esquadrão feminino também já se destaca. A Abcfarma conversou com notáveis mulheres que se destacam em nosso varejo farmacêutico para uma justa homenagem em seu dia – e em seu mês.

 

Mulheres: o remédio do amor

A Dra. Betânia Alhãn é Coordenadora de Assuntos Regulatórios da Abcfarma e Diretora Executiva da Organize Farma, Consultoria e Treinamento

 

Dentro da farmácia brasileira temos várias mulheres na equipe:  elas atuam no balcão, no caixa, na manutenção, na limpeza, no atendimento de perfumaria, na conferência, no setor de compras, no estoque,  na gerência, no delivery, na entrega – com as fiscais de loja e as farmacêuticas na responsabilidade técnica do estabelecimento.

Geralmente são mulheres fora da caixinha, mas todas conhecem indicação, modo de usar, efeitos colaterais, contra-indicações e, principalmente, agem de forma sincronizada para alcançar os seus objetivos pessoais e profissionais. Dentro do clã feminino, elas brigam, interagem, se acolhem e se apoiam como uma grande família que envolve toda a equipe. Todas sabem o quão é difícil conciliar os compromissos e responsabilidades com a família, os filhos, esposos, estudos e o trabalho.

As mulheres da farmácia agem terapeuticamente através de um sorriso acolhedor. Elas possuem uma sensibilidade apurada e, muitas vezes, entendem as necessidades do cliente no olhar – essa sintonia e confiança incentivam o paciente na adesão do tratamento.

Neste dia 8 de março, desejo que nós, mulheres, possamos ter o respeito, os direitos e as oportunidades amplificadas, nos permitindo dar continuidade à nossa divina missão de gerar, propagar e perpetuar o amor. E que os frutos do nosso ventre e do nosso trabalho contribuam para uma sociedade mais justa, mais humana e melhor.

Feliz Dia das Mulheres, sobretudo para todas que atuam no atacado e no varejo farmacêutico.

 

8 de março – A farmácia é delas!

Hoje maioria em São Paulo e ouros estados do país, farmacêuticas já foram obrigadas a apresentar carta de autorização do marido para ter inscrição no Conselho. A farmácia está entre os setores do mercado de trabalho brasileiro nos quais as mulheres foram pioneiras. Minoria no passado, elas dominam a área nos dias de hoje, Mesmo a conquista do setor só foi possível há poucas décadas. Recordar a incrível história das farmacêuticas pioneiras, neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, permite reflexões importante sobre as conquistas femininas na sociedade brasileira.

Segundo registros históricos, as mulheres procuravam o curso de Farmácia já no século 19 – como Maria de Vasconcellos, uma das primeiras estudantes do curso no Brasil, que se formou em 1888 pela Universidade Federal de Ouro Preto. De lá para cá, elas foram dominando os bancos das faculdades até conquistarem maioria entre os inscritos nos conselhos regionais de Farmácia. O registro do CRF-SP aponta que hoje elas formam um contingente de  mais de 70% do total de 56 mil farmacêuticos paulistas. Porém o caminho para chegar à maioria foi longo. Na década de 70, apesar de elas já ocuparem boa parte dos cursos universitários, havia apenas 2.572 farmacêuticas inscritas no Conselho paulista. Esse grupo foi crescendo aos poucos, chegando a 5.702 na década de 1980, 14.282 na década de 1990 e 27.559 na década dos 2000.

Há 40 anos, a profissão ainda era predominantemente exercida por homens. Uma pesquisa realizada pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em 1973, apontou que entre 130 empresas analisadas, 49% não tinham nenhuma mulher exercendo a atividade farmacêutica, 35% tinham apenas uma mulher na função e quatro empresas revelaram que não admitiam mulheres.

No entanto, nas faculdades, o número de mulheres já se equiparava à quantidade de alunos masculinos, o que apontava para uma mudança daquele cenário. “Tínhamos apenas três faculdades, a USP de São Paulo, a de Ribeirão Preto e a Unesp de Araraquara. O número de mulheres que ingressavam na universidade já atingia a metade dos alunos, mas quando chegavam ao 2º, 3º ano, desistiam para se casar”, afirmou, à época, o dr. Márcio Antônio da Fonseca e Silva, presidente do CRF-8 no período de 1974 a 1976.

Autorização do marido para requerer inscrição no CRF
Exemplo evidente da submissão que a mulher enfrentava para assumir sua vida profissional em tempos idos pode ser detectado na obrigatoriedade de a mulher ter a aprovação por escrito do seu marido, caso fosse casada, ou dos pais, se fosse solteira, para requerer inscrição no Conselho Regional de Farmácia.

Mulheres farmacêuticas

Dando um salto no tempo e nos costumes, no ano passado o CRF-SP criou o Grupo Técnico de Trabalho de Mulheres Farmacêuticas, em decorrência da necessidade de criação de um espaço para serem discutidas as pautas e necessidades que influenciam a vida das mulheres farmacêuticas.

O trabalho do grupo tem foco em quatro eixos que impactam diretamente as mulheres:
I – Violências contra a mulher
II – Saúde integral da mulher
III – Mulher no mercado de trabalho
IV – Mulher na política.

O grupo também realiza ações para a sociedade, como parcerias com outras instituições e webinares sobre temas atuais e relevantes, com a presença de convidados.

Farmacêuticas interessadas em participar das reuniões desse grupo devem entrar em contato com o Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente (DATEP) do CRF-SP, através do e-mail: datep@crfsp.org.br.

A força feminina na farmácia

Regina Blessa – Consultora do varejo farma e autora do livro Loja Perfeita www.reginablessa.com.br

Uma equipe de atendimento nas farmácias deve ser composta por mulheres, homens e outros gêneros. Atendimento é atendimento e o olho no olho é o que importa.

Mas devemos dar a devida atenção à força de trabalho feminina nessa área. Assim como as maravilhosas enfermeiras que levam o carinho feminino até os fronts de guerra, as mulheres dão um toque de gentileza e amabilidade nos balcões das farmácias – que, é claro, já sabem que precisam desse olhar atencioso para ganhar sua clientela.

Esse olhar de mãe, que sempre é necessário nos momentos frágeis da doença ou desconforto, ajuda muito a dar confiança aos clientes nos pedidos e nas dúvidas tão comuns nas solicitações de medicamentos.

Adoro ver mulheres motoqueiras, motoristas de ônibus, pilotas de avião, pedreiras, engenheiras, policiais, bombeiras e em outros cargos que precisam de força e coragem não comuns à maioria das mulheres. Elas representam tudo o que podemos ser, se quisermos ser, pois podemos trabalhar, sim, em igualdade com os homens.

Mas o que diferencia a mulher dos outros é o carinho e a credibilidade que passam – quando bem treinadas. Saber falar docemente, mostrar conhecimento nos procedimentos, ter aquele olhar com atenção e o falar carinhoso são técnicas que a maioria nem precisa aprender – pois são mulheres.

Deixo aqui um conselho para as mulheres profissionais de farmácia: não mudem esse olhar materno e firme que exibem diariamente no atendimento ao cliente. Com o passar do tempo, o profissionalismo nos torna duras demais, às vezes para cumprir nossas metas, mas nossa meta principal sempre será a conquista da confiança do consumidor, que pode ser obtida só com esse olhar feminino e com a atenção dispensada em cada atendimento.

Mulheres liderando as mudanças

Sandra Takata é presidente do Inst. Mulheres do Varejo, Embaixadora do Sinal Vermelho Contra Violência Doméstica, diretora da Core Group Marketing e Comunicação e LinkedIn Top Voice

A palavra chave do Instituto das Mulheres do Varejo é “ESCOLHAS”,  diz a jornalista Sandra Takata, presidente do IMDV: “Nosso propósito é transformar o ambiente do varejo num local em que nós, mulheres, possamos ter nossas escolhas”. Mas ela admite que isso ainda não é plenamente possível. “Lembro de uma amiga que, atuante na indústria farmacêutica, ao engravidar recebeu como benefício um estagiário para dirigir o seu carro, já que ela era da área comercial. No entanto, ela dizia: “Quem disse que eu quero alguém para dirigir para mim? Não estou doente”. Exemplos como esse são muito comuns, justamente porque há muitos homens na liderança das empresas e eles tomam decisões que podem ter boas intenções, mas que não são exatamente o que as mulheres querem. Por isso, é necessário que haja diversidade. Só uma mulher sabe o que é a dor do parto ou o que é uma gravidez”, comenta Sandra.

E hoje a palavra-chave talvez não seja somente “empoderamento”. As mulheres se capacitaram muito nos últimos anos e surgiram muitos grupos de mulheres. O que precisamos é promover líderes humanistas e fazer com que homens não se sintam pisando em ovos, mas tenham a humildade de reaprender. Todos estamos reaprendendo – inclusive nós, mulheres. Aqui não há bandidos nem mocinhos”.

Em seis anos, o IMVD tem a números a destacar?
Hoje temos mais de 17 mil pessoas nos seguindo no LinkedIn. Somos mais de 350 executivas no grupo do WhatsApp, mas nossa meta é chegar a  mil mulheres em 2024.

Como presidente, você tem uma meta, uma pauta, para seu mandato?
Temos que cuidar das carreiras e das barreiras que impedem as mulheres de exercer cargos de liderança na sociedade e capacitar cada vez mais líderes humanistas para que o ambiente corporativo não seja hostil – tanto para homens como para mulheres. Estamos também de olho na questão das doenças mentais, pois nunca houve tantos afastamentos por estresse e depressão, entre outros itens. Há também o grande problema da falta de mão de obra no varejo. Em 10 anos, temos mais de mil novas profissões e atividades (como motorista de aplicativo, influenciadores digitais, entregadores de bike etc.) e muitos não querem mais atuar no varejo. Soube por uma executiva na área de supply chain que os motoristas de caminhão estão se aposentando e não está havendo reposição, pois as pessoas não querem mais essa profissão. No entanto, teremos problemas com isso, pois nossa malha logística é rodoviária. Este ano, vamos criar um processo de mentoria para varejistas e para empreendedoras e mulheres periféricas. É um spoiler, pois vamos anunciar isso em nosso evento no dia 19 de março com o tema “Saudabilidade para Sustantentabilidade”.

Especificamente em relação ao varejo farma, que radiografia do mercado brasileiro você pode fazer?
O turnover no varejo farma é muito grande. Como disse antes, há falta de mão de obra. Precisamos discutir isso de forma urgente. E empresas sem cultura, com lideranças tóxicas, não funcionam mais. Temos de nos tornar atrativos.

Qual sua expectativa para 2024?
Muitas empresas até deixaram a questão da diversidade de lado por causa do assunto do momento – o afastamento do trabalho por doenças mentais. No entanto, enquanto os líderes não criarem a cultura de diversidade e mudarem seus ambientes para locais em que os colaboradores tenham prazer em atuar, esse número vai continuar aumentando. Por isso, nossa intenção é criar comitês regionais e levar transformação e conscientização às pessoas, pois será um ano ainda desafiador para todos. Precisamos nos unir e repensar que mundo queremos construir e que legado queremos deixar.

Semana Internacional Da Mulher. O que comemorar? 

Silvia OSSO é palestrante, mentora e consultora de empresas, especialista em desenvolvimento de pessoas e varejo. Autora de livros à venda na Contento. Siga-a em: https://www.instagram.com/silviaossopalestranteementora/ ou https://www.linkedin.com/in/silviaosso

Na verdade, esta semana é apenas uma praxe para celebrar o nosso dia, 8 de março, pois penso que todos os dias são nossos. Oficializado em 1975 pela ONU, o Dia Internacional da Mulher simboliza uma luta por igualdade e respeito. Com sua origem no movimento operário de mulheres que buscavam melhores condições de vida e de trabalho, além do direito ao voto, o Dia Internacional da Mulher tem como objetivo lembrar todas as conquistas que ocorreram desde então.

Em 2023, entrou em vigor, no Brasil, a Lei 14.611, que garante a igualdade de salário entre homens e mulheres, uma das inúmeras pautas de lutas feministas que devem ser celebradas. Segundo a Revista Forbes, nós brasileiras subimos para o 57º lugar entre 146 países avaliados. Para seguir no empoderamento da mulher, é fundamental que muitas outras atitudes sejam tomadas. Uma mulher empoderada é aquela que sabe que pode fazer a diferença no mundo e que, além disso, está pronta para fazer essa diferença junto aos seus pares. Para ser assim, não reprima a sua voz, nem suas ações, muito menos seus sonhos. É aí que reside o seu poder.

Para aumentar sua participação e apoiar outras pessoas:

  1. Desenvolva a autoestima e a autoconfiança. Não tenha medo ou vergonha de sua feminilidade. Ela é sua grande força. Coloque-se em evidência, deixe que o mundo a ouça, passe sua mensagem. Manter a autoestima é uma característica que pode ser desenvolvida um pouco a cada dia.

       2.Tenha objetivos claros e crie métodos eficientes para chegar onde quer.

       3.Seja influenciadora. Mulheres empoderadas estão em posições tradicionais de poder, mas muitas ainda não estão. A influência pode vir de muitos lugares. Não é preciso ser líder para influenciar grandes massas. O importante é aprender com os erros e ter coragem e perseverança para inspirar as demais.

       4.Aja com total dedicação em sua carreira. Se for apaixonada por sua carreira, será prazeroso dedicar seu tempo e esforço a ela – e não um fardo. Uma mulher empoderada tem motivação para ir além, inovar e se destacar no ambiente de trabalho.

       5.Seja generosa e altruísta. A velha ideia de que é preciso ser implacável para ter sucesso já não existe mais. Uma mulher empoderada é acessível, compartilha seus sucessos e não espera nada em troca. Ela sorri para os outros, estende a mão e é gentil.

       6.Corra riscos. É isso que as mulheres questionam todos os dias e, então, elas fazem. Elas não são imprudentes; mas sabem que estar sempre trilhando a estrada segura não vai fazer com que elas atinjam resultados extraordinários.

       7.Seja independente financeiramente. Mulheres empoderadas são aquelas que sabem que podem administrar áreas importantes de suas vidas de forma competente.

       8.Esteja aberta a aprender. Mais do que ir à faculdade ou a um curso, a mulher sabe aprender com tudo o que lhe cai nas mãos. Tenha um radar interior que a mantenha atenta a todas as oportunidades de aprendizado.

       9.Saiba que fracassar faz parte do jogo. Mulheres devem saber que não vão se destacar o tempo todo. Por isso, preparem-se para os períodos em que nada estará tão bem assim.

Agora, pergunto: o que você tem feito para si e para auxiliar o movimento para a igualdade e respeito às mulheres?

 

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