Doença renal crônica pode causar de desequilíbrio no metabolismo à paralização total dos rins
A doença renal crônica é uma patologia que afeta diretamente o funcionamento adequado dos rins, e seu avanço aponta para um cenário preocupante no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o número de pacientes chegou à 122 mil no ano de 2017, e estima-se que este problema atinja 10% da população mundial².
A doença afeta o funcionamento correto dos rins, onde ocorre uma perda súbita da capacidade de filtrar resíduos, sais e líquidos do sangue. “A partir do momento que perdemos essa capacidade de filtragem, os resíduos podem chegar a níveis perigosos e afetar a composição química do sangue, gerando desequilíbrio no órgão”, explica o Dr. Paulo César Ayroza Galvão, nefrologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, que esclarece também, as causas desse problema. “Esse tipo de doença acontece quando temos algum distúrbio ou condição que prejudica a função renal, entre elas, podemos citar: lesão ou traumas aos rins, uso de determinados medicamentos, e o diabetes tipo 1 e 2, que junto com a hipertensão, se mostram como as principais causas da doença renal crônica”, finaliza o especialista.
Além de entendermos o que é a doença renal e suas causas, é fundamental termos noção dos sintomas que se apresentam como indicativos da doença, sendo eles: diminuição da produção de urina, retenção de líquido, sonolência, falta de apetite, falta de ar, fadiga, confusão, náusea e vômitos, convulsões ou coma, em casos graves, dor ou pressão no peito³.
Você sabe o que é hiperpotassemia?
Entre tantas complicações, uma que merece a nossa atenção é a hiperpotassemia, que é o acúmulo de potássio no sangue, capaz de causar problemas graves no funcionamento do organismo e apresentar sintomas como náuseas, fraqueza muscular e alterações no ritmo do coração. Existem dois fatores que podem levar ao aumento de potássio no sangue: a diminuição do trabalho renal, que leva ao acúmulo de potássio, e a eliminação irregular de nutrientes presentes dentro das células4, além do uso de algumas medicações.
Em geral, a hiperpotassemia está relacionada a situações como: redução da eliminação da urina, suplementos de potássio, lesões ou traumas físicos, doenças renais e uso de alguma medicações. O especialista explica a importância de entender a hiperpotassemia como uma doença crônica. “A doença se apresenta em três diferentes graus: leve, moderado e grave. Eles podem ser avaliados a partir de exames de sangue. O grau leve é o mais fácil de ser tratado, porém, quando falamos do grau moderado e grave, o quadro é mais delicado e exige um monitoramento do coração para evitar possíveis paradas cardíacas causadas pelo excesso de potássio” destaca o Dr. Paulo Ayroza.
Diabetes: um fator de risco
De acordo com o Dr. Paulo Ayroza, a doença renal pode se apresentar como umas das complicações do diabetes mal controlado. “Os pacientes que têm diabetes devem, além dos cuidados com a doença, estar atentos ao sinais e sintomas de algum tipo de disfunção renal, que pode ocorrer em pacientes com dificuldade em controlar o nível glicêmico e seguir corretamente o tratamento”, explica o especialista. Outro ponto reforçado pelo especialista trata sobre a relação médico-paciente. “A partir do diagnóstico do DM2, os pacientes devem buscar um contato próximo ao médico, tirar todas as dúvidas e encaixar o tratamento dentro da sua rotina. Por parte do médico, investigar e acompanhar a função renal, com a medição dos níveis de de creatinina e albuminúria, é essencial para evitar complicações mais graves. Em alguns casos os pacientes podem até mesmo sofrer com a nefropatia diabética. Por isso, não devemos negligenciar essa doença”, destaca o especialista.
A nefropatia diabética é uma alteração nos vasos sanguíneos dos rins, levando à perda de proteína por meio da urina. Essa é uma complicação que causa uma redução lenta na função de filtragem das substâncias pelos rins, e pode levar à paralisação total dos órgãos5.
Um problema urgente
A conscientização por meio da informação é um caminho importante para a melhora do panorama das doenças renais no Brasil. “Enfrentamos um cenário desafiador, e acreditamos que a busca pela conscientização e gravidade da doença renal e complicações associadas, como a hiperpotassemia, é essencial para que o paciente, seja ele portador de doença renal, diabetes, ou até mesmo doenças cardiovasculares, assuma o protagonismo do seu tratamento” afirma Maria Augusta Bernardini, Diretora Médica da AstraZeneca.
Fonte: https://www.astrazeneca.com.br
Referências
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